Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Em seu primeiro fim de semana aberto à população, o Museu do Amanhã reuniu 25 mil pessoas — dez mil a mais do que na previsão inicial — e juntou impressões as mais diversas. Entre muitos elogios ao espaço — merecedor de todos eles — houve críticas. Ouviram-se as generalizações de que “faltam hospitais e escolas” e ressalvas ao modo como o Estado tem gerido espaços culturais.
O belo espaço não pode expiar todos os males do país. Ao contrário: passa importante recado às autoridades. A multidão que lotou suas dependências depois de longa espera nas filas mostra que não se deve negligenciar a cultura, as áreas dedicadas ao saber, a construção do conhecimento. Recado muito válido para um ano em que acervos históricos, imóveis seculares e bibliotecas públicas chegaram a fechar por causa da grave crise.
Publicidade
A recessão leva a cruéis escolhas de Sofia, e quando o dinheiro escasseia, pouco há a fazer. Mas a cultura tem valor inestimável e dá provas disso o tempo todo. Tirá-la é embrutecer o país.