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Correios não levam encomenda em área de risco na Baixada Fluminense

Morador tem que buscar correspondências na agência

Por karilayn.areias
Rio - Receber encomendas em casa virou um problema para os moradores da Baixada Fluminense. Os Correios suspenderam a entrega em diversos bairros de municípios como Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis e São João de Meriti, que considera área de risco, e passou a fazer as entregas somente nas agências.
Moradores de Nova Iguaçu fazem fila em agência dos Correios para retirar encomendas não entreguesMarcele Abreu

Domicílios localizados em endereços mapeados pelos Correios como “áreas com restrição de entrega” não recebem encomendas e nem correspondências. “Não recebo mais encomendas nem cartas. Preciso ir na agência. Já esperei por mais de uma hora na fila para retirar”, contou uma moradora da Chatuba, em Nilópolis.

Procurada, a assessoria de imprensa dos Correios no Rio confirmou a restrição nas entregas mas não informou quais as regiões mapeadas como área de risco.

O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (SINTECTRJ) denuncia que os Correios acabaram com a escolta de segurança do transporte de encomendas. Os Correios explicam que trabalham em parceria com órgãos de segurança federal e estaduais.

Moradora da Chatuba%2C em Nilópolis%2C teve que pegar cartas na agênciaAline Cavalcante

Segundo o diretor do SINTECTRJ, Pedro Alexandre Santana, há um ano os carros que fazem entregas de encomendas circulam sem proteção. “Em todo o Rio de Janeiro não há um carro de escolta. E toda vez que pedimos os Correios dizem que não há como arcar com esta despesa”, conta Santana.

Sem escolta ou qualquer tipo de segurança, os relatos de assaltos pelos carteiros são frequentes. Um funcionário que pediu para não ser identificado contou que já foi assaltado 15 vezes nos últimos cinco anos em Nilópolis. “Uma vez os bandidos entraram no carro e um deles colocou a arma na minha cabeça e rodamos por uns 10 minutos. Foi um terror psicológico, pensei que ia morrer”, contou.

Assaltada cinco vezes no ano passado, uma carteira, que está há 3 anos nos Correios e também pede anonimato, conta que pensa em desistir da profissão por já ter sofrido assaltos em Nova Iguaçu. “Os ladrões levam não só a bolsa com material dos Correios, como também nossos pertences. Carteira, celular e até alianças e nós ficamos no prejuízo, às vezes penso em sair daqui, estudar e procurar outra coisa”, diz a funcionária.

Outra denúncia do SINTECTRJ é a falta de funcionários nas agências dos Correios. Segundo a entidade, uma agência de Caxias, por exemplo, que deveria ter 46 funcionários está trabalhando só com 12. Em Nova Iguaçu, um Centro de Entrega está funcionando com apenas 15 funcionários, quando deveria ter 38. “Muitos desistiram, outros estão afastados por problemas psicológicos causados pelos roubos”.

Por karilayn.areias
Rio - Receber encomendas em casa virou um problema para os moradores da Baixada Fluminense. Os Correios suspenderam a entrega em diversos bairros de municípios como Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis e São João de Meriti, que considera área de risco, e passou a fazer as entregas somente nas agências.
Moradores de Nova Iguaçu fazem fila em agência dos Correios para retirar encomendas não entreguesMarcele Abreu

Domicílios localizados em endereços mapeados pelos Correios como “áreas com restrição de entrega” não recebem encomendas e nem correspondências. “Não recebo mais encomendas nem cartas. Preciso ir na agência. Já esperei por mais de uma hora na fila para retirar”, contou uma moradora da Chatuba, em Nilópolis.

Procurada, a assessoria de imprensa dos Correios no Rio confirmou a restrição nas entregas mas não informou quais as regiões mapeadas como área de risco.

O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (SINTECTRJ) denuncia que os Correios acabaram com a escolta de segurança do transporte de encomendas. Os Correios explicam que trabalham em parceria com órgãos de segurança federal e estaduais.

Moradora da Chatuba%2C em Nilópolis%2C teve que pegar cartas na agênciaAline Cavalcante

Segundo o diretor do SINTECTRJ, Pedro Alexandre Santana, há um ano os carros que fazem entregas de encomendas circulam sem proteção. “Em todo o Rio de Janeiro não há um carro de escolta. E toda vez que pedimos os Correios dizem que não há como arcar com esta despesa”, conta Santana.

Sem escolta ou qualquer tipo de segurança, os relatos de assaltos pelos carteiros são frequentes. Um funcionário que pediu para não ser identificado contou que já foi assaltado 15 vezes nos últimos cinco anos em Nilópolis. “Uma vez os bandidos entraram no carro e um deles colocou a arma na minha cabeça e rodamos por uns 10 minutos. Foi um terror psicológico, pensei que ia morrer”, contou.

Assaltada cinco vezes no ano passado, uma carteira, que está há 3 anos nos Correios e também pede anonimato, conta que pensa em desistir da profissão por já ter sofrido assaltos em Nova Iguaçu. “Os ladrões levam não só a bolsa com material dos Correios, como também nossos pertences. Carteira, celular e até alianças e nós ficamos no prejuízo, às vezes penso em sair daqui, estudar e procurar outra coisa”, diz a funcionária.

Outra denúncia do SINTECTRJ é a falta de funcionários nas agências dos Correios. Segundo a entidade, uma agência de Caxias, por exemplo, que deveria ter 46 funcionários está trabalhando só com 12. Em Nova Iguaçu, um Centro de Entrega está funcionando com apenas 15 funcionários, quando deveria ter 38. “Muitos desistiram, outros estão afastados por problemas psicológicos causados pelos roubos”.

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