Exame de tomografia do crânio é fundamental para confirmar o AVCDivulgação/PMNI

O aumento dos casos de Acidente Vascular Cerebral ou Encefálico (AVC ou AVE) acendeu o alerta no Hospital Geral de Nova Iguaçu. Entre os dias 22 de dezembro de 2021 e 6 de janeiro de 2022, a unidade registrou 120 atendimentos de pacientes diagnosticados com AVC. O número chama a atenção e leva os profissionais da unidade a coordenar esforços para informar a população, por se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida.
Levar uma vida saudável, ter alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regularmente, fazer exames e consultas de rotina são algumas das práticas fundamentais para cuidar da saúde. Cerca de 65% dos casos são isquêmicos, quando ocorre a obstrução na circulação do sangue para parte do cérebro, e 35% hemorrágicos, quando há o rompimento da artéria.
De acordo com o diretor-geral do HGNI, Joé Sestello, a doença pode provocar um tempo de internação que varia de uma semana até dois meses, além da reabilitação que deve ser feita devido às sequelas, como paralisia, dificuldade em movimentar a perna ou o braço do lado afetado, entre outros.
“A internação por AVC ou AVE, infelizmente, é comum aqui no HGNI e traz um impacto grande para a saúde do paciente pelas sequelas e pelo tempo de internação. Buscamos estudar o perfil epidemiológico de cada caso, cuidar e orientar sobre a prevenção para evitar que isso possa acontecer mais uma vez” disse.
Conhecido popularmente como derrame, o AVC é considerado silencioso por se desenvolver ao longo dos anos devido ao surgimento de doenças como a hipertensão, diabetes e obesidade. Elas estão associadas ao uso excessivo de sal, açúcar, gordura e o hábito de fumar.
Para o neurologista do HGNI, Carlos Henrique Melo Reis, há também condições que não podem ser modificadas, como casos genéticos e de pacientes com doenças renais crônicas que podem ter chances de sofrer o AVC. Porém, os cuidados podem ser feitos em Clínicas da Família ou postos de saúde, com consultas de rotina, aferição da pressão arterial, da glicose e exames de sangue.
“No início, condições como a hipertensão arterial, diabetes e o hábito de fumar, que são fatores de risco, não incomodam. Quando passam a incomodar podem se tornar um sério problema. Por isso é importante fazer consultas médicas e alguns exames complementares de rotina para identificar e tratar os sinais e sintomas precocemente”, destaca.