Marçal Vianna concorre na categoria curta-metragem no Festival de GramadoDivulgação

O EncontrArte mudou a vida de Marçal Vianna. E quem afirma é o próprio estudante do curso de audiovisual da instituição e diretor do filme “Deus Não Deixa”, recém selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Cinema de Gramado. Em agosto, o filme disputará o kikito de melhor curta-metragem brasileiro com outros 13 títulos de diversas regiões do país. O documentário conta um pouco da história de Luís Miguel e sua turbulenta jornada de autoconhecimento. O filme foi todo gravado em Santa Rita, bairro de Nova Iguaçu, e será exibido na sessão de abertura do festival para os principais profissionais do cinema brasileiro.
Graduado em Comunicação e pós-graduado em Roteiro, Marçal Vianna chegou a fazer cursos de cinema no Rio de Janeiro e chegou a largar alguns por questões de trabalho, locomoção e gastos financeiros. A descoberta do EncontrArte foi um divisor de águas para o diretor.
“Quando encontrei e comecei a fazer o curso de audiovisual do EncontrArte, eu deixei de viver Nova Iguaçu como cidade dormitório, conheci profissionais da Baixada e me reconectei com minha região”, disse
O curta-metragem “Deus Não Deixa” foi filmado em 2021 e é o terceiro filme do diretor. A sinopse do documentário conta que Luis Miguel é um jovem evangélico que enfrenta uma turbulenta jornada pessoal de autoconhecimento. A estreia de Marçal como cineasta foi em “Neguinho” (2020), que venceu mais de 50 prêmios no Brasil e no mundo. A execução desses dois filmes só foi viável graças ao edital Lab Curta, da Funarj.
Segundo Marçal, os editais mostram a importância de medidas públicas para fomentar a cultura e possibilita a formação de artistas, a execução de trabalhos de qualidade e enriquece um setor que normalmente apresenta dificuldades para manutenção.
Outro filme marcante na trajetória do cineasta e aluno do EncontrArte é “O Último Cinema de Rua, um docudrama que fala sobre o surgimento e queda dos cinemas de rua em Nova Iguaçu. Outro filme, ainda inédito no circuito, é “Joyce”, feito em total parceria com o EncontrArte Audiovisual. Todos os trabalhos de Marçal foram filmados em Nova Iguaçu e contam histórias de personagens da cidade. O diretor afirma querer mostrar outras perspectivas na tela.
“As pessoas acreditam que fazer cinema é uma realidade inviável. É realmente difícil se profissionalizar, os materiais são caros e se concentra na maioria das vezes na elite. Quando existe um curso em Nova Iguaçu com equipamentos de qualidade é possível ver e produzir outras retóricas e outras realidades da Baixada Fluminense”, afirmou