Leonardo Soares, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Governo do Rio de Janeiro
Leonardo Soares, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Governo do Rio de Janeiro Divulgação
Por Leonardo Soares*
Temos, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 1.025 campos de futebol para implantar indústrias estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do estado. A área terraplanada onde será instalado o GasLub, antigo Comperj, é de 11,7 km2, o equivalente a nada menos que 1.083 campos de futebol.
 Primeiro empreendimento do GasLub, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) entrará em operação ainda neste ano, ocupando 0,626 km2 da área terraplanada, o equivalente a 58 campos de futebol. Ou seja, temos uma área restante de 11 km2, correspondente a 1.025 campos de futebol, já preparada e à espera de grandes projetos.

Essa é mais uma oportunidade concreta, real, para implantação e desenvolvimento de indústrias a partir da cadeia do gás natural, em uma região que conta com infraestrutura, conectividade e condições logísticas ímpares.

O governo do estado está trabalhando, em parceria com os prefeitos locais, para criar um polo de empresas que usam o gás como matéria-prima em Itaboraí e no entorno da cidade da Região Metropolitana. A ideia é que os empreendimentos fiquem próximos ao gasoduto Rota 3, que tem como objetivo ampliar o escoamento de gás natural dos projetos em operação na área do pré-sal da Bacia de Santos.

Em fase final de execução, o Rota 3 está sendo construído pela Petrobras e ligará o imenso potencial da produção do pré-sal dos campos de petróleo e gás da Bacia de Santos à UPGN de Itaboraí. Este gás será uma realidade a curto prazo. A capacidade de escoamento será de aproximadamente 18 milhões de m³ por dia. Já a UPGN terá capacidade de processamento e beneficiamento do gás natural com capacidade para tratar 21 milhões de m³ por dia, com previsão de operacionalização ainda em 2021.

É preciso evitar que se repita o que aconteceu a partir de 2015, quando ocorreu a paralisação do projeto Comperj, que levou a região a uma situação de decadência econômica, desvalorização, altos níveis de desemprego e escalada da violência. A criação deste hub energético em Itaboraí será fundamental para ampliar o potencial de uso e monetização do gás natural e atrair investimentos para o estado.

Portanto, temos que criar um setor de serviços na região para usufruir desta energia. Nossa agenda consiste em roadshows para atração de potenciais investimentos baseados na vocação da região, com indústrias petroquímicas, como a de fertilizantes, e indústrias de energia. Consiste em mostrar todo o potencial da região para todos os setores de investimento, inclusive, investidores internacionais.
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Projetos existem para o aproveitamento do gás natural. Da parte do governo do Rio, estamos criando as condições para acelerar o processo de decisão e amadurecimento desses empreendimentos, para, sobretudo, gerar empregos para a população fluminense.
O GasLub possui alta sinergia com empresas de serviços e indústrias, principalmente ligadas ao ramo químico e petroquímico. Queremos gerar mais relevância para o empreendimento com a chegada de mais empresas para a região.

O Estado do Rio de Janeiro não vai perder essa oportunidade.
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*É secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais de Governo