Bianca Provedel, Gerente de Mobilização de Recursos e Comunicação do Instituto Ronald McDonald
Bianca Provedel, Gerente de Mobilização de Recursos e Comunicação do Instituto Ronald McDonald Divulgação
Por Bianca Provedel*
O que o Terceiro Setor aprendeu em um ano de pandemia no mundo e como a filantropia foi - e ainda está sendo - fundamental neste momento de incertezas com a covid-19, uma das maiores tragédias da história?

Seja na Assistência Social, Saúde ou na Educação, o trabalho filantrópico é essencial à sobrevivência de milhões de pessoas em condições vulneráveis ou que foram levadas a situação devido à pandemia. Segundo o relatório “Brasil Giving Report”, um Retrato da Doação no Brasil, oito em cada dez brasileiros acreditam que as ONGs apresentaram um impacto positivo no país.

Podemos destacar que 2020 representou um marco para o setor filantrópico no Brasil, onde a atuação do Terceiro Setor se tornou essencial no combate à pandemia em todos os níveis. Vimos a cultura da doação ganhar força entre os brasileiros através do ambiente digital, assim como doação de produtos e serviços, além de iniciativas de voluntariado junto aos mais necessitados.

Mas, um ano depois, o nosso maior desafio é outro: transformar essas práticas solidárias em um legado permanente. O contexto de evolução e superação da doença ainda é incerto, mas para o Instituto Ronald McDonald, organização sem fins lucrativos que há 22 anos atua para aumentar as chances de cura do câncer infanto-juvenil no Brasil, o ano foi de muito aprendizado.
Nossas crianças e adolescentes possuem imunidade baixa, estão no grupo de risco da covid-19, e não podem parar o tratamento oncológico. Por isso, reforçamos ainda mais o nosso propósito com a revisão da adaptação de rotas diárias. Multiplicamos as formas de manter e alcançar os recursos através do ambiente digital e passamos a adotar medidas altamente restritivas, com higiene ainda mais rígida e evitando contato
externo.

Para 2021, pretendemos continuar o modelo digital de arrecadação, respeitando os protocolos de segurança e saúde. Além disso, buscamos naturalizar em nosso planejamento de eventos a união do digital e presencial no dia a dia.

Aprendemos no Instituto Ronald McDonald que ninguém faz nada sozinho e é preciso a colaboração de todos para construirmos um mundo melhor. Por isso, buscamos incansavelmente o apoio de empresas e pessoas físicas para manter nossos projetos ao redor do país e continuarmos ajudando as crianças e adolescentes com câncer, aumentando as chances desses pacientes aos mesmos patamares dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que podem chegar a 80%. Hoje, no Brasil, a média é de 64%.

Juntos, somos mais fortes e vamos ainda mais longe. Para conhecer mais sobre a luta contra o câncer infanto-juvenil e nos ajudar a transformar a vida dessas famílias, acesse: www.institutoronald.org.br/doe.
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*É gerente de Mobilização de Recursos e Comunicação do Instituto Ronald McDonald