Alfredo E. Schwartz, presidente da AeerjDivulgação

Desde que assumi a presidência executiva da Associação das Empresas de Engenharia do Rio (AEERJ) e a responsabilidade pela redação do artigo de Opinião para esse espaço quinzenal, não tive ainda a oportunidade de falar com otimismo sobre o nosso setor da construção.
O problema dos restos a pagar da Prefeitura permanece, e pagamentos são feitos obedecendo a critérios aleatórios. O Secretário da Fazenda, Pedro Paulo, afirmou que, a partir do início do segundo semestre, iniciaria a liquidação dos débitos, que poderiam ser pagos de forma escalonada ou por leilão reverso (ou seria perverso?). Pelo retrospecto, é melhor esperar para ver.
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Mas quanto ao Governo do Estado, posso finalmente dar boas notícias aos leitores.
A AEERJ foi convidada para uma reunião na Secretaria de Infraestrutura, com o Secretário Max Lemos. Compareci, junto com algumas empresas que atuam no segmento, para ouvir, e o que ouvimos suplantou nossas expectativas.
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O Secretário se fez acompanhar dos presidentes das companhias estatais ligadas à sua secretaria e dos técnicos responsáveis por cada área, e fez uma explanação objetiva e esclarecedora sobre todos os problemas que afligem nosso Estado, demonstrando segurança e conhecimento de cada assunto abordado. Discorreu também sobre a defasagem dos preços do EMOP e a consequente necessidade de readequação dos contratos, as melhorias que serão efetuadas no setor de composição de preços unitários do EMOP, a participação das empresas do setor no fornecimento de subsídios para as composições, e a necessidade de contratação de novos fiscais de campo.
Mas o que encheu nossos corações de esperança (isso dá até poesia) foi a intenção declarada de executar durante o ano que vem 50 mil moradias para baixa renda, com custo subsidiado pelo Estado, de modo a estabelecer para os compradores um pagamento mensal de R$ 300,00, e isso sem lançar mão dos recursos provenientes das concessões da CEDAE.
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A maior preocupação do Secretário é que empresas em dificuldades financeiras venham a oferecer descontos absurdos, o que fatalmente redundaria em obras inacabadas. Para evitar isso, o Edital de Licitação será muito rigoroso, instituindo multas severas por atraso de obras, e principalmente tornando inidônea a empresa que infringir as regras estabelecidas, que ficará impedida de participar de novas licitações.
O Secretário pediu à AEERJ que convoque uma reunião com o maior número de empresas possível, para que ele possa transmitir todo esse plano. Já estou, junto com as empresas presentes à visita, trabalhando na organização da Reunião, e convidamos as empresas, associadas ou não, a participarem com ideias e sugestões.
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No mais, cuidem-se, pratiquem distanciamento social, usem máscara e álcool 70%.

*Alfredo E. Schwartz é presidente-executivo da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ)