Após o grande impacto da pandemia de Covid-19 na atividade econômica, o estado do Rio apresenta importantes sinais de retomada, com destaque para o saldo de empregos formais. De março a julho de 2020, auge da pandemia e diversas restrições relacionadas à circulação de pessoas e ao funcionamento de empresas, inúmeros postos de trabalho foram perdidos. Porém, a partir de agosto, o desempenho do mercado de trabalho como um todo começou a melhorar. A indústria fluminense, por exemplo, registrou saldo positivo de mais de quatro mil vagas.
Neste ano, esses números trazem ainda mais esperança para todos nós fluminenses. Em maio, o estado abriu mais de 17 mil postos de trabalho formais, com todos os grandes setores - indústria, comércio, serviços e agropecuária - apresentando saldo positivo. E mais: o Rio foi o terceiro estado com o maior saldo de empregos naquele mês. Uma análise feita através da plataforma Retratos Regionais, disponibilizada pela Firjan, mostra que seis em cada dez vagas perdidas nos primeiros meses da pandemia foram recuperadas no estado.
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Importante também destacar outros indicadores que apontam na direção de dias melhores, como o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) fluminense. Estudo da Firjan aponta que, no primeiro trimestre deste ano, tivemos crescimento de 0,7% na comparação com o último trimestre do ano passado, apesar do agravamento da pandemia.
Já na comparação com os três primeiros meses de 2020, ainda foi registrada pequena queda. Mas vale ressaltar que os impactos da pandemia começaram a ser sentidos a partir da segunda quinzena de março, ou seja, tínhamos um cenário bem diferente do atual. Além disso, essa é a retração menos intensa do período de crise sanitária. No segundo trimestre de 2020, por exemplo, a atividade econômica do estado do Rio teve queda de 9,9%.
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Diante dos resultados que demonstraram resiliência no primeiro trimestre, a Firjan revisou sua projeção de crescimento do PIB fluminense para este ano, que passou de 2,9% para 3,8%, considerando, principalmente, a vacinação completa da população adulta contra a Covid-19 até o fim do ano e o avanço de reformas estruturais, como a administrativa e a tributária. Esses fatores serão fundamentais para a criação de um ambiente de maior confiança e para a atração de investimentos. Caso esse crescimento esperado se confirme, a atividade econômica do estado se aproximará do nível pré-pandemia.
Reforçamos que, além das questões relacionadas à crise sanitária, o país e o estado precisam superar desafios estruturais para que a população e os empresários possam atravessar de vez este difícil momento e se concentrar em planos mais consistentes para o futuro. Temos certeza de que o “Rio tem jeito” e estamos otimistas para os próximos meses. Enquanto representantes da indústria, continuaremos atuando e sugerindo caminhos para que o estado aproveite todo o seu potencial, atraia empresas, gere mais emprego e renda.
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*Carlos Fernando Gross é vice-presidente da Firjan CIRJ