Tabelas da coluna de Myrian Lund do dia 31 de julho de 2021Reprodução
Os aluguéis no Brasil são feitos mediante contrato, em geral de 30 meses, com reajuste anual, corrigindo a inflação no período. Enquanto o setor de serviços adequou a correção de preço para o IPCA (índice de inflação oficial do país, apurado pelo IBGE que considera a variação de preços no consumo das famílias), o aluguel permanece sendo reajustado pelo IGP-M (índice geral de preços, apurado pela FGV, e que leva em conta apenas 30% o aumento de preços no consumo das famílias e 60%, os preços no atacado, ou seja, as matérias-primas para as indústrias e demais empresas que são influenciadas pela variação do dólar).
Nesses dois últimos anos, a desvalorização do real em relação ao dólar foi enorme. Em julho/2021 o IGP-M variou 0,78% e nos últimos 12 meses, 33,83%.
Não adianta reclamar, é necessário que você negocie com uma proposta em mãos e com argumentos legais.
Conclusão: se está chegando o mês de reajuste do seu aluguel, se antecipe, seja protagonista da sua vida financeira. Procure o proprietário ou a administradora e já negocia o reajuste pelo IPCA.
Explique que você não terá condições de pagar um reajuste que não representa a realidade do seu orçamento. O seu salário vai ser reajustado com base no IPCA e é por ele que o seu custo de vida tem que se basear.
Dica da Planejadora Financeira: se você vai alugar imóvel, vai fazer um contrato novo, peça que conste no contrato reajuste pelo IPCA, que é o índice mais próximo da sua realidade, da realidade dos reajustes salariais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.