Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública
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Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública
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Marcos Espínola
Advogado criminalista e especialista em segurança pública
Os mais recentes dados da violência no Rio de Janeiro apontam para queda nas mais variadas modalidades de crime, tais como roubos de rua, de veículos e cargas, além de homicídios. No entanto, a percepção de cada cidadão em todas as partes da cidade e boa parte do Estado é de que a violência está presente, com diversos episódios todos os dias, tanto de furtos, roubos e homicídios.
Em fevereiro, segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), o Estado apresentou redução de 28% nos roubos de rua, com algo em torno de 4.500 registros, menor índice para um mês de fevereiro desde 2005. Os roubos de veículos também apresentaram queda, ficando 18% menor que o mesmo período do ano passado, além dos roubos de carga que ficou em 4%.
A letalidade violenta, que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do estado também diminuiu 12%, segundo dados do próprio ISP. Mas por outro lado, o que conta muito é a sensação de insegurança que predomina em toda a sociedade.
Diariamente os noticiários nos trazem verdadeiras tragédias, com assaltos, mortes violentas que instaura um clima tenso. Mesmo em queda, o fato é que os números ainda são altos para uma metrópole vitrine como o Rio.
Recentemente, por exemplo, o engenheiro Gabriel Barbosa foi morto com 20 facadas, num ato de extrema brutalidade, inclusive sendo atacado por trás numa rua da Tijuca. Carlos Alexandre Rezende, de 40 anos, morreu com um tiro na cabeça também na Tijuca, por bandidos que levaram o seu carro. Testemunhas declararam que ele não esboçou nenhum tipo de reação. Mais um crime gratuito que demonstra o alto nível de violência que vivemos.
E isso é em toda as localidades da Cidade e de Norte a Sul do Estado. Na Baixa Fluminense, por exemplo, nesta semana mesmo, a vítima foi um gerente de supermercado, morto numa tentativa de assalto. Em pânico, ele tentou fugir e bateu com o carro, sendo fuzilado por uma dezena de bandidos, armados com pistolas e fuzis. Imagens captadas por câmeras de residências no local e que não deixam em nada a desejar às lamentáveis cenas de violência na Ucrânia.
Os números oficiais podem até estar registrando quedas, porém a violência ainda é alta no Rio de Janeiro e os cariocas e fluminenses precisam urgentemente de maiores e melhores medidas na segurança pública, a começar pelas melhores condições de trabalho para as polícias no combate aos criminosos, essencialmente armamentos, treinamentos, maior efetivo e investimento em inteligência.
*Marcos Espínola é advogado criminalista e especialista em segurança pública
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