Martha Rocha, deputada estadual pelo PDT - Opinião O DiaTARSO GHELLI/Divulgação
Reconhecer a necessidade da mulher na politica é antes de mais nada um movimento necessário para equilibrar visões e reduzir as desigualdades sociais e de gênero. As mulheres, naturalmente, trazem novas narrativas e um olhar mais cuidadoso e democrático sobre questões públicas que afetam o cotidiano de todos nós.
A equidade de gênero na política, no entanto, é importante não apenas para as mulheres; tem também reflexo positivo para toda a sociedade. E quando eu falo em política não estou me referindo apenas aos cargos do Legislativo ou Executivo. A mulher pode ser o que ela quiser. Sem mandato eletivo, ela pode participar politicamente de associações, de organizações não governamentais ou de movimentos populares. O importante é ocupar espaços de poder e de voz.
É perceptível que a participação feminina nestes lugares vem aumentando, mas ainda precisamos progredir muito. A tarefa não é nada fácil, mas acredito que a única forma que as mulheres têm de conquistar o protagonismo é mostrando que estão conscientes do seu papel.
A representação das mulheres continua terrivelmente desproporcional nos parlamentos e nos cargos executivos. Segundo a ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento da Mulheres) e o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil ocupa o antepenúltimo lugar entre países latino-americanos no ranking de paridade política entre homens e mulheres. O mais curioso desse resultado é que as mulheres somam 51,8% da população brasileira.
O fato é: não haverá mudanças para melhor sem as mulheres na linha de frente. A mulher precisa e deve, cada vez mais, participar da vida política como protagonista das suas reivindicações. O fortalecimento entre as mulheres é a principal forma de se chegar a uma política de qualidade para toda população.
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