Paulo Kendi T. Massunaga, presidente executivo da AEERJDivulgação

Este mês os olhos do mundo estiveram voltados para a COP-27 (Conference of the Parties), no Egito, maior e mais importante evento sobre mudanças climáticas no mundo. Representantes de governos e da sociedade civil discutiram maneiras para mitigar as emissões de gases do efeito estufa, principal causador do aquecimento global e das mudanças climáticas que acompanham esse fenômeno.
Com o avanço dos esforços globais para a descarbonização, as empresas buscam atuar em sintonia com práticas sustentáveis e que envolvam o uso de novas tecnologias e fontes renováveis de energia, além de mudanças nas práticas de gestão das empresas.
Práticas corporativas de ESG têm direcionado muitas empresas. E isso pode ser revertido em prol da população, com ganhos tanto de qualidade de vida quanto econômicos. A intenção da delegação brasileira era mostrar o potencial do país para geração da chamada energia verde e, assim, atrair investidores estrangeiros, fomentando nossa Economia e se destacando no cenário mundial.
Olhando para o Rio de Janeiro, destacamos que obras de mobilidade urbana ajudam na redução de emissões de gases por meio da diminuição no uso de carro particular e na escolha por transportes públicos não poluentes. Investimentos no tratamento de efluentes domésticos, industriais e de resíduos sólidos também representam impactos positivos em termos de redução de emissões e melhoria da qualidade ambiental.
Ou seja, é de fundamental importância que o nosso estado atraia, por meio de políticas públicas, novas empresas a se instalarem no Rio a fim de gerar empregos e fomentar a Economia. O Estado deve ajudar nessa cadeia, beneficiando empresas comprometidas com políticas sustentáveis para que essas próprias empresas gerem ganhos reais para o Estado do Rio.
Alguns empreendimentos têm investido, por exemplo, em projetos de energia renovável e de captura de carbono, que ajudam a alavancar a industrialização de baixo carbono e acabam por incrementar o número de empregos e desenvolvimento locais. A infraestrutura e localização privilegiada de nosso estado são um chamariz para atender toda a cadeia de valor de renováveis.
De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência em outubro deste ano, o Estado do Rio de Janeiro gerou 15.382 novos empregos com carteira assinada em setembro de 2022. Dados somente da Construção Civil registraram saldo de 4.776 novos postos de trabalho abertos.
A Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ), cujas associadas compõe o setor mais gerador de empregos diretos e indiretos, e cumprindo papel fundamental na execução de contratos de obras públicas, aplaude as iniciativas de empresas sustentáveis e segue cobrando das autoridades os incentivos apropriados a fim de atrair investimentos para o setor e garantir o crescimento contínuo da Construção Civil no Rio de Janeiro e o pleno desenvolvimento da execução das obras.
*Paulo Kendi T. Massunaga é presidente executivo da AEERJ