Empresas de transporte urbano de Petrópolis estão utilizando sistemas de captação e reuso da água. Em apenas um ano já 14 milhões de litros foram reutilizados.  - Divulgação: Setranspetro
Empresas de transporte urbano de Petrópolis estão utilizando sistemas de captação e reuso da água. Em apenas um ano já 14 milhões de litros foram reutilizados. Divulgação: Setranspetro
Por O Dia
Petrópolis -  A Prefeitura de Petrópolis negou o pedido das empresas de ônibus para reajustar a tarifa em 8,3%, o que elevaria o preço da passagem para R$ 4,55. A determinação, que toma como base os estudos de técnicos da CPTrans sobre as planilhas de custo das operadoras de coletivo na cidade, é que o percentual seja de 4,7%.

Na prática, o valor passa de R$ 4,20 para R$ 4,40 – R$ 0,15 a menos do que o pleiteado pelas empresas inicialmente. O novo preço passará a valer a partir da próxima terça-feira, dia 13 de agosto.

"Nosso esforço, neste momento, é para focar em ações que reduzam ainda mais o custo da operação. Isso significa que medidas serão aplicadas nos meses seguintes para que a cidade consiga, nos próximos anos, estagnar ou até reduzir o valor da tarifa”, explica o diretor-presidente da CPTrans, Jairo Cunha.

Na análise da companhia foi verificada redução no custo da operação em cerca de R$ 100 mil, mas, apesar disso, houve uma diminuição de 6% na demanda de usuários pagantes. Como a tarifa é feita com base na divisão dos custos operacionais pelo número de passageiros não isentos, o número menor de pessoas utilizando o transporte público acarreta num valor superior na tarifa. O aumento, portanto, serve para garantir a continuidade do serviço, evitando que as empresas entrem em colapso, como já aconteceu em Petrópolis em anos anteriores.

"Só no ano passado foram 32 ônibus zero quilômetro rodando na cidade e nossa intenção é cobrar que as empresas melhorem a qualidade na prestação do serviço", salientou Jairo.

Na composição tarifária, o peso maior é dos vencimentos dos rodoviários, que impacta em cerca de 50% no valor total. Também entram no cálculo os reajustes de combustíveis, material de rodagem, peças e acessórios, além de custos fixos como seguros, depreciação da frota e IPVA, por exemplo. A análise da CPTrans para estabelecer o custo da tarifa foi feita com base na planilha Geipot da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes, consolidada e aplicada pelos municípios brasileiros.