Agora, o Restaurante Popular funciona a partir de 10h e fica aberto até o fim da distribuição das mil refeições diárias. As pessoas podem retirar, na porta do local, os kits com o almoço – com a quentinha, uma fruta ou doce – e os cafés da manhã e da tarde, com um pão e uma fruta cada.
“Sabemos que 80% do público do restaurante é idoso, grupo de risco da doença. Então nosso objetivo foi o de manter o serviço, porque muita gente depende dele, mas evitar aglomeração e evitar que essas pessoas fiquem nas ruas esperando a próxima refeição”, frisa Bernardo Rossi.
A aposentada Regina Igrejas Martins é uma das clientes fiéis do Restaurante Popular e exemplo de quem precisa sair de casa para buscar a refeição. “Achei bom esse formato. Eu não saio, mas não tenho ninguém pra pegar pra mim. Então, assim, eu só pego e volto pra casa”, explica.
Para a secretária de Assistência Social, Denise Quintella, a medida está funcionando em caráter de teste, mas tem funcionado bem. “Muitos idosos que vêm aqui almoçavam e esperavam até o próximo horário, o horário de distribuição do lanche da tarde, por exemplo. Com esse novo formato, a gente evita isso, faz com que o idoso venha uma vez só. Outra decisão foi demarcar no chão uma distância de um metro, para que não haja aglomeração na fila”, destaca.
Outra medida adotada para evitar que o idoso saia de casa é a possibilidade de alguém mais jovem buscar a quentinha por ele. “A pessoa pode vir, apresentar a identidade do idoso e levar duas quentinhas: a dele e a do idoso, justamente pra reduzir o fluxo de idosos nas ruas”, acrescenta a coordenadora do Restaurante Popular, Débora da Cruz.