“Vamos passar a ter mais informações sobre a transmissibilidade da COVID-19 em Petrópolis. Investimos na compra de 6 mil testes rápidos e recebemos mais kits por parte do Estado. Isso vem fazendo com que Petrópolis continue saindo na frente em relação a tantos outros municípios que estão com suas unidades de saúde sobrecarregadas hoje. De qualquer forma lembro a todos, mais uma vez, que teremos um aumento significativo no número de pacientes infectados na cidade pelo aumento da testagem, e que a flexibilização do comércio não tem uma relação direta com isso. Nossa base para a reabertura gradual do comércio se baseia na quantidade de pessoas internadas nos hospitais, e não no número de infectados”, explicou o prefeito Bernardo Rossi. Vale lembrar que a cidade possui, até a tarde desta sexta (05/06), 37.3% de ocupação nos leitos de UTI e 28.5% em relação aos leitos clínicos.
Segundo a Secretaria de Saúde do município, a implantação do novo perfil de pacientes, descrito na nota técnica conjunta nº2/2020, editada na última semana pela SMS, Superintendência de Atenção à Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde e Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, se dá em virtude do aumento do número de casos e da necessidade da secretaria em estabelecer o perfil de propagação do coronavírus no município. A secretaria afirma, ainda, que atrelar o aumento do número de casos do novo coronavírus com a flexibilização que vem permitindo a reabertura gradual do comércio é um erro comum que muitos podem cometer. “Entendemos que seja natural que a população faça essa confusão, mas precisamos deixar bem claro que o crescimento dos casos de contaminação está muito mais relacionado com a maior abrangência dos testes rápidos do que com uma maior quantidade de pessoas nas ruas devido à reabertura de parte do comércio”, afirmou a secretária de saúde do município, Fabíola Heck.
Em relação ao protocolo de testagem, a secretária afirmou, também, que o documento é claro e que apenas pacientes que fecharem diagnóstico completo para a doença poderão ser testados. “Os médicos são os responsáveis por esse processo nos próprios pontos de apoio. Eles decidem quem faz ou não o exame. Lembro, novamente, que, além dos sintomas clássicos da enfermidade, só serão testados pacientes cujos sintomas tenham se iniciado há, pelo menos, sete dias. Essa determinação não é nossa, mas sim do próprio fabricante dos kits. O manual de uso deixa claro que o teste não é capaz de detectar a doença antes deste prazo. Esperamos que todos compreendam isso e que, desta forma, consigamos ter uma noção mais abrangente da situação”, finalizou a secretária.