Hugo Leal, deputado Federal e candidato à reeleiçãoDivulgação

Petrópolis - Abaixo, O Dia publica uma entrevista com o deputado federal, candidato à reeleição, Hugo Leal (PSD). Formado em Direito pela UFRJ, Hugo está em seu quarto mandato na Câmara. Em três eleições, foi o deputado federal mais votado em Petrópolis. Conhecido como autor da Lei Seca, o parlamentar tem como suas prioridades na Câmara segurança viária, transporte e infraestrutura, desenvolvimento econômico, segurança pública, saúde e orçamento. Antes de ser eleito para a Câmara dos Deputados, Hugo Leal foi secretário de Administração e Reforma do Estado (1999/2002), presidente do Detran/RJ (2003/2005) e secretário estadual de Justiça e Direitos do Cidadão (2005/2006).
1 - Caso seja reeleito, quais serão as prioridades de seu mandato a nível nacional?
Estou a caminho do quinto mandato e minhas prioridades têm sido sempre a defesa da vida e dos interesses do Rio de Janeiro, a segurança do trânsito, o desenvolvimento econômico, com foco nas pequenas e médias empresas, a infraestrutura e a segurança pública. Mas, a cada mandato, novos desafios se impõem. Meus objetivos principais serão: ampliar os investimentos federais no Rio de Janeiro nas áreas de Saúde, Assistência Social, Esporte e Segurança Pública; Apoiar as Comunidades Terapêuticas para a melhoria e a ampliação do atendimento e acolhimento a dependentes químicos; aprovar dispositivos legislativos para garantir o uso dos Drogômetros nas Operações Lei Seca; garantir recursos no Orçamento da União para a recomposição dos efetivos da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal; fiscalizar as novas concessões da BR-040, da Via Dutra e da Rio-Teresópolis para execução das obras previstas nos contratos; trabalhar pela simplificação tributária, o equilíbrio das contas públicas, a desburocratização e o governo digital; e seguir na luta pela aprovação do Estatuto do Nascituro, para assegurar a proteção integral da vida desde a concepção. São novos projetos dentro das mesmas prioridades, da mesma trajetória que venho percorrendo.

2 - Sobre Petrópolis, quais suas ideias/projetos?
Petrópolis é uma prioridade entre as prioridades. Foi a cidade que mais recebeu recursos federais, através das minhas emendas parlamentares: mais de R$ 100 milhões ao longo do mandato. A metade desse valor, R$ 65 milhões, foi para a saúde, que deve continuar prioridade para mim. Petrópolis vem recebendo cada vez mais pacientes de cidades vizinhas e precisa ampliar sua rede municipal de saúde e receber mais equipamentos de ponta para tratamento de doenças de alta complexidade. Vou buscar recursos para isso. Outra prioridade é a mobilidade urbana: venho trabalhando para a solução da ligação Bingen-Quitandinha e vamos ver se conseguimos uma solução, pelo menos provisória, para desafogar. Em 2023, ficaremos finalmente livres da Concer e vou fiscalizar a nova concessionária da BR-040 para que cumpra as obras previstas no contrato, principalmente a Nova Subida da Serra. Espero que a nova concessionária seja também uma parceira para a solução de problemas no acesso a Petrópolis e na contenção das encostas ao longo da estrada. Aliás, também tenho projetos relativos às questões climáticas que cada vez mais afetam a cidade, a Região Serrana e, na verdade, a todo o país.

3 - Em especial, quais foram suas indicações e futuras medidas para ajudar a cidade a mitigar os efeitos de possíveis fortes chuvas de verão e evitar tragédias como as que aconteceram nesse ano de 2022?
Preciso dividir esta resposta em duas partes. Primeiro, o caso específico de 2022 quando Petrópolis viveu uma tragédia provocada por tempestade, com um recorde de precipitação de chuva. O resultado foi o maior número de vítimas de um desastre climático na cidade. Imediatamente, agi em três frentes: mobilizei a bancada no Congresso e conseguimos um mutirão que resultou em quase R$ 30 milhões em recursos extras para Petrópolis; busquei ajuda federal, levando o secretário nacional de Defesa Civil à cidade dois dias depois do temporal; e estive ao lado do governador Cláudio Castro e do prefeito Rubens Bomtempo para ajudar a viabilizar as ações conjuntas. Nesta fase de recuperação, destinei mais R$ 20 milhões para o sistema de saúde, que ficou sobrecarregado, e conseguimos mais R$ 12 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional para a limpeza e dragagem dos rios. Ainda para minimizar os impactos desta tragédia, em parceria com a vereadora Gilda Beatriz, conseguimos a liberação do saque emergencial do FGTS para os moradores do primeiro distrito, o mais atingido pelo temporal.
Sobre medidas futuras, poderia fazer também dar outras respostas pois envolve um olhar nacional para o problema, mas tem tudo a ver com Petrópolis. Está nos meus compromissos para o próximo mandato: vou propor um Plano Especial de Moradia Popular, voltado exclusivamente para quem vive em áreas de risco. É um projeto que envolveria financiamento, construção de casas, acompanhamento social, alternativas de transporte e investimento em infraestrutura. Naturalmente, Petrópolis e a Região Serrana vão estar entre as prioridades, mas a ideia é de um programa nacional para que o Brasil, com tanta terra, não tenha tanta gente morando em áreas vulneráveis a catástrofes climáticas. O que me leva a outro compromisso do próximo mandato: fortalecer, com recursos e ações legislativas, o Sistema Nacional de Defesa Civil com foco na prevenção e enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas. A situação do clima está piorando cada vez mais com eventos mais intensos - tempestades mais violentas, secas mais extremas e prolongadas. Precisamos de investimentos em tecnologia para prever esses eventos, em infraestrutura urbana para evitar cheias e alagamentos e na integração dos órgãos de Defesa Civil para socorro chegar o mais rápido possível e com o efetivo necessário. Tudo isso tem a ver com a nossa cidade porque a Região Serrana, por sua geografia, é particularmente vulnerável a esses eventos. A crise climática é real e precisa desse enfrentamento com ações que vão desde a área ambiental, com a recomposição de ampliação das áreas verdes, até planos de infraestrutura e habitação popular como já citei.