Em relação aos impactos nos negócios, 66,2% das empresas alegam ter tido problemas de falta de recursos no caixa ao longo desses meses de pandemiaReprodução internet

Com o objetivo de avaliar os impactos da pandemia nas empresas do município de Barra Mansa, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BM) realizou uma pesquisa junto ao Instituto Orbital com mil representantes do setor de comércio varejista e serviço, que recebe clientes de várias cidades vizinhas, principalmente Porto Real e Quatis. Dentre os entrevistados, a maioria (78,1%) afirma que não houve contaminação por Covid-19 dentro da empresa, enquanto a minoria (11,3%) relata que funcionários foram contaminados no ambiente de trabalho. Cabe ressaltar ainda que 71% dos entrevistados não tiveram Covid-19.
Empresas de médio porte são as que mais apontam contaminação no local de trabalho (15,7%), seguidas pelas microempresas (13,3%) e MEI (12%). Nas pequenas e grandes, a porcentagem de funcionários contaminados no trabalho são, respectivamente 2,2% e 4,5%. Em relação aos setores, supermercados são as atividades que mais apontam contaminação no ambiente de trabalho (14,8%). Já as farmácias são as que demonstram mais dúvidas no que diz respeito à contaminação interna. 15,8% não sabem dizer com certeza se houve transmissão ou não do vírus no local de trabalho. A maior parte dos entrevistados não sabe dizer onde os funcionários que tiveram Covid-19 acreditam/relatam que possam ter se contaminado (28%).
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Em relação aos impactos nos negócios, 66,2% das empresas alegam ter tido problemas de falta de recursos no caixa ao longo desses meses de pandemia e que, quanto menor o porte da empresa, maior essa porcentagem, chegando a 75% dos MEI’s. No entanto, a análise por setor mostra a grande diferença entre as empresas que fazem parte das atividades essenciais e as demais. Enquanto a maioria de supermercados e farmácias não passou por esse problema (51,6% e 71%, respectivamente), 62,6% do comércio varejista, 75,1% serviços e 82,5% de bares e restaurantes conviveram, ou ainda convivem com essa realidade.
Mesmo com o avanço da vacinação no Brasil, para a maioria dos entrevistados o cenário futuro ainda é de incertezas. Conforme mostrou a pesquisa da CDL-BM, 80% dos comerciantes acreditam que a situação econômica do país ainda vai demorar para retomar a normalidade e que isso não acontecerá em menos de um ano. Diante desse cenário, quando questionados por quando tempo conseguem manter as empresas abertas com as medidas restritivas adotadas para conter o avanço da contaminação pelo coronavírus, 19,5% que dizem conseguir permanecer com o negócio ativo entre até mais um mês e não mais que 6 meses.
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De acordo com o presidente da CDL, Leonardo dos Santos, os resultados da pesquisa mostram que as empresas de Barra Mansa, em geral, têm sentido o impacto da crise gerada pela pandemia do coronavírus. “No entanto, as ações restritivas de funcionamento dos estabelecimentos para evitar a contaminação generalizada acabaram por afetar mais evidentemente alguns setores específicos como comércio varejista, serviços em geral e, principalmente, bares e restaurantes. Também é clara a relação entre o tempo que a empresa precisou ficar fechada e o impacto financeiro resultante do fechamento. As empresas que ficaram mais tempo fechadas são as que vem enfrentando mais dificuldades, principalmente no que tange à falta de recursos no caixa, diminuição do faturamento e demissões de funcionários”, resumiu.