Além de zerar internações, município completou, as primeiras 24 horas com nenhum novo caso confirmado.Foto: Secom/Prefeitura de Quissamã.

QUISSAMÃ - O município de Quissamã, no Norte Fluminense, zerou a ocupação de leitos de enfermaria de UTI destinados a pacientes com a Covid-19, pela primeira vez, em um ano e sete meses, após as três altas de pacientes, no último domingo (10). A informação foi divulgada pela prefeitura nesta segunda-feira (11). Além de 0% dos leitos ocupados, município completou, também, as primeiras 24 horas com nenhum novo caso confirmado, embora haja suspeitos, o que foi motivo de comemoração por parte da administração municipal, especialmente pela equipe da Secretaria de Saúde.

Os números positivos são reflexo da vacinação em massa, mas também do engajamento das diversas secretarias municipais e servidores, principalmente das equipes de saúde do Município, incansáveis no enfrentamento da pandemia. Além disso, o entendimento da população quanto aos cuidados para se evitar o contágio, foram fundamentais. Embora o Coronavírus e a pandemia ainda sejam realidade e não haja possibilidade de relaxar com os cuidados, zerar o número de internações é um marco.

A notícia chegou nesta segunda-feira (11), no final da manhã: às 16h50 de domingo (10), Graciela Manhães, de 38 anos, foi a última das três pacientes que estavam internadas, no início do dia, a receber alta. Antes dela, Geralda Pereira, 87 anos, às 12h30, e Magali Alves, 68, às 16h15, haviam recebido alta, juntamente com Maria da Penha Silva, 74, que tinha sido transferida para a clínica médica.

A prefeita Fátima Pacheco classificou a notícia como uma grande vitória: “após um ano e sete meses a gente comemora uma grande vitória, que é não ter nenhuma pessoa internada no nosso hospital. É uma vitória do nossos sistema de saúde, uma vitória de todos nós, uma prova que é a vacina que salva. Esse é o resultado da vacinação e do empenho de todos os nossos profissionais de Saúde, e de toda a Prefeitura. Desde o início da pandemia a gente trabalhou para poder garantir saúde de qualidade para a população, preservar a vida e a saúde das pessoas. Passamos o período mais grave da pandemia sem deixar faltar nada e continuaremos investindo, para termos uma saúde de referência em nossa Cidade”, assegurou a prefeita.

Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Niara Ribeiro disse que a equipe ficou emocionada, quando foram zeradas as internações, ressaltando que apesar do panorama favorável e do otimismo, ainda não se pode relaxar com relação às medidas de prevenção: “as pessoas não podem relaxar com os cuidados, mas hoje é um dia para celebrarmos”, disse ela.

Assim como a prefeita Fátima Pacheco, a secretária de Saúde, Renata Fagundes, ressaltou a atuação da equipe, incansável no trabalho, 24 horas por dia: “me sinto feliz em transmitir essa notícia! Saber que fomos imbatíveis contra esse vírus, noticiar a UTI e a Clínica de combate à Covid-19 zeradas, não tem preço. Tem um valor imensurável de sensação de dever cumprido”, comemorou.

Com a pandemia ainda sendo uma ameaça e a possibilidade de novos casos não afastada completamente, o coordenador técnico do Centro de Saúde e médico da Vigilância Epidemiológica, Roberto Nascimento Lopes Filho, considerou o momento “uma grande prova para todos os profissionais de saúde e para a sociedade”. Ele aproveitou para destacar a importância do SUS e as condições de trabalho, no município de Quissamã:
"Estamos lidando com uma crise que nunca imaginamos que poderíamos vivenciar e estamos nos saindo bem. Nosso trunfo foi ter o sistema que construímos com dedicação e competência e contar, ao contrário do que acontece nesse desgoverno federal, com um governo municipal que é nosso grande aliado, nos apoiando e fazendo o possível para termos os recursos necessários para evitar o caos. Então temos que agradecer por essa oportunidade de reforçar nossas convicções, mostrar que sabemos o que fazer quando postos à prova e que teremos sempre que defender o que conquistamos, porque disso depende a vida de muitas pessoas que precisam que lutemos por elas", afirmou.