Por paulo.gomes

Rio - O diretor geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Edmar Santos, afirmou na manhã desta sexta-feira que se a unidade não receber uma verba de R$ 7 milhões até segunda-feira, fechará suas portas. Ele alega que não há dinheiro para pagar as empresas terceirizadas, onde algumas já estão sem receber desde o ano passado.

A grave crise financeira do estado pode fazer com que o Hospital Universitário Pedro Ernesto feche as portasAlexandro Auler / Agência O DIA

"Hoje estamos vivendo o dia mais crítico dessa crise de 2016 e o motivo é porque os R$ 7 milhões em pagamentos de terceirizados, que deveriam ser feitos pelo governo do estado desde de quarta-feira passada, não há uma perspectiva clara de que ocorra hoje. Se elas pararem de fornecer seus trabalhos é inviável manter o hospital aberto", afirma Edmar, alertando em seguida que as empresas podem deixar de prestar serviço ao Estado.

"Há uma enorme possibilidade que as empresas terceirizadas ou fornecedoras promovam um processo de distrato, já que elas têm esse direito", completa.

Atualmente, cerca de 200 pacientes estão internados na unidade localizada no bairro de Vila Isabel. Edmar Santos diz que se a verba não for repassada pelo governo, os doentes serão transferidos para outros hospitais.

"Mesmo nessa crise recebemos mais de dez crianças com leucemia que teriam morrido se tivessem ficado em suas unidades de origem, assim como vários outros tratamentos de exceção que o hospital faz. Se permanecer o cenário atual, semana que vem estarei discutindo como remanejar os doentes", finaliza.

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