Por gabriela.mattos

Rio - Com a crise, se multiplicam relatos de alunos de universidades com problemas com o Fies, financiamento estudantil federal. Sem dinheiro para o programa, o governo espera a aprovação no Congresso de créditos suplementares, mas a votação foi adiada por falta de quórum e só deve voltar a ser discutida após as eleições municipais.

Na faculdade Redentor, de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, os estudantes foram obrigados a assinar um documento, que explicitava que as mensalidades ficam a cargo dos alunos caso o Fies seja cancelado. Os que se recusassem a assinar não poderiam fazer a prova. Para os estudantes, a situação causou constrangimento. “Na hora nem li. Estava nervosa com a prova e logo assinei. Teve gente que não assinou e não pôde fazer a prova”, contou uma aluna.

Na PUC-Rio, os alunos estão sem notícias sobre o aditamento, que costuma ocorrer no início do semestre. A estudante de Jornalismo Gabriela Azevedo, de 21 anos, lembra que em agosto chegou a receber um boleto no valor de R$ 3 mil. A situação foi logo corrigida pela universidade, mas Gabriela continua sem saber quando vai poder renovar o contrato. “Fico com medo de perder o financiamento. Sem isso, não tenho garantia de terminar a faculdade”, disse.

A conselheira da OAB/RJSolange Moura alerta: os alunos devem ficar bem informados para assegurar seus direitos. Por meio da assessoria, o Ministério da Educação esclareceu que “a instituição não pode impedir a matrícula do estudante em função do prazo do aditamento”. A Redentor comunicou que a assinatura do documento foi exigida “para dar segurança jurídica para o alunos e para a instituição”.

?Da estagiária Alessandra Monnerat

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