Rio - O Rio se despediu ontem das paisagens frias do inverno e a primavera chega hoje com as flores, sua marca registrada, para dar tons mais quentes até a entrada do verão. De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-Rio), Olivio Bahia, com a dispersão do fenômeno El Niño, este ano a primavera tende a ser fiel às suas características, oscilando entre dias frios e úmidos a secos e quentes. Diferente dos anos anteriores, a chegada da estação desta vez não indica a necessidade de racionamentos de energia nem de água.
Bahia explica que esses eventos de chuva, característicos da estação, também ajudam na recuperação de reservatórios hidrelétricos e na melhoria da qualidade do solo, favorecendo a agricultura. No ano passado as temperaturas variavam de 6 a 8 graus acima do normal com o efeito El Niño. “A tendência para a primavera é boa, pois se ocorrer dentro da normalidade, como esperamos, sem anomalias negativas ou positivas com relação às chuvas (caso dos fenômenos climáticos) teremos um verão sem racionamentos”, explica.

Bahia ressalta que a chuva forte na noite de domingo e madrugada de segunda-feira deve ser recorrente durante a estação. “O temporal foi normal, são chuvas que vêm com o aumento da temperatura. É um volume grande de chuva em pouco tempo, então, acaba causando esses estragos. É preciso estar preparado para essas ocorrências”, pontua Bahia.
O fenômeno El Niño influenciou a primavera do ano passado e trouxe dias mais quentes para a estação, mas este ano as águas do Oceano Pacífico Equatorial central estão mais frias do que o normal, o que caracteriza a tendência de formação do La Niña. O fenômeno oposto traz águas mais frias que o normal, o que interfere no padrão de chuva e na temperatura, no Brasil e no mundo, esclarece o Climatempo.
De acordo com a meteorologia, a previsão para esse primeiro dia da primavera é de temperaturas subindo, com mínima de 17° e máxima de 26°. De acordo com meteorologistas, o aumento das chuvas é esperado durante o mês de dezembro, principalmente no extremo norte, áreas do sul, leste de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo.