Rio - Um incêndio de grandes proporções que atingiu o prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no último dia 3, causou prejuízo de R$ 22 milhões. A informação foi confirmada pela Associação de Docentes (ADUFRJ) na última sexta-feira. Durante o Conselho Universitário, a administração central informou que busca verbas extraordinárias com o governo federal para a reconstrução do local.
Prefeito da Cidade Universitária, o engenheiro Paulo Mario Ripper explicou que a reitoria ainda aguarda a conclusão dos laudos periciais. No entanto, para ele, há fortes indícios que o incêndio começou com o retorno da energia elétrica, após um blecaute que atingiu o Fundão.
“Não foi uma questão de falta de estrutura ou manutenção. A energia provavelmente chegou em uma voltagem muito superior e causou o início do fogo”, afirmou o engenheiro.
As atividades entre o terceiro e oitavo andares continuam suspensas enquanto o laudo não é divulgado. Esses locais estão sem água, energia e telefones. A previsão é que as aulas da Escola de Belas Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo voltem na próxima segunda-feira. De acordo com a ADUFRJ, somente o térreo e o segundo andar têm condições para funcionar.
Mas, em nota, a professora Cristina Trajano, vice-decana do Centro de Letras e Artes, criticou a proposta de realocação das aulas em vários edifícios no Fundão. “A solução de pulverizar os alunos entre as diversas unidades não é viável. Não temos como recebê-los se não houver um local apropriado”, reforçou.
As aulas da Escola de Belas Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo continuam suspensas, com retorno previsto para o dia 24. São cerca de 4,5 mil estudantes sem aulas, segundo a docente. E mais de 400 entrando via Enem nas duas unidades. “”. Ela sugeriu que a reitoria alugue contêineres como medida emergencial para alocar os estudantes.