Rio - Funcionários do Teleférico do Alemão fazem um protesto na manhã desta quarta-feira em frente à casa do governador em exercício, Francisco Dornelles, no Jardim Botânico, na Zona sul do Rio. O grupo reivindica pagamento dos salários e a volta do funcionamento do serviço, que foi cortado no último dia 15 de setembro.
Entre faixas e cartazes, é possível ler: "Dornelles, a Comunidade do Complexo do Alemão precisa muito do Teleférico!" Cerca de 150 pessoas devem perder seus postos de trabalho.
Nas redes socias, moradores do Alemão se manifestam a favor do ato e até comentam que gostariam de ter se unido aos funcionários na ação. "Acho justo protestar assim!", disse um. "Guerreiros! faz muita falta para comunidade", comentou outro.
O Consórcio Rio Teleféricos assumiu a operação do transporte aéreo em março deste ano, mas só recebeu um dos sete pagamentos devidos pelo estado e não vai cumprir contrato por não haver previsão de regularização da inadimplência. O valor da dívida já passa de R$ 16 milhões.
O valor mensal do contrato com o consórcio, assinado em março deste ano, era de R$ 2,7 milhões. O contrato anterior com a Supervia era de R$ 3,3 milhões e com a mudança para a Rio Teleféricos o governo do estado economizou aproximadamente R$ 700 mil ao mês. Mesmo com a mudança de concessionária, a economia não fui suficiente para custear o valor do transporte.
Em março, quando o contrato foi assinado com a Rio Teleféricos, o secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira, esteve no conjunto de favelas e garantiu um "atendimento de excelência à população" daquela localidade. No entanto, a crise chegou, afetou o estado e consequentemente todas as empresas terceirizadas, inclusive a empresa que administra o teleférico.