Além disso, no pedido, o MPF afirma que algumas questões envolvendo as ocupações, como "riscos de homicídios, lesões corporais, consumo de substâncias entorpecentes, relações sexuais envolvendo menores e possibilidades de estupros". O órgão lembra ainda que o movimento no Pedro II fez com que o Enem fosse adiando, "causando grande prejuízo a muitos alunos e aos cofres públicos".
Caso o Poder Judiciário acolha o pedido do MPF de tutela de urgência, as desocupações do campus da Rural e das unidades de São Cristóvão, Realengo e Engenho Novo do Colégio Pedro II deverão contar com a presença de oficiais de Justiça com o auxílio de força policial.
Segundo o MPF, antes do emprego efetivo de força policial, o oficial de Justiça deverá "dar ciência da decisão judicial aos ocupantes, identificando-os. Havendo recusa em se identificar, a autoridade policial deverá realizar a identificação, na hipótese de desocupação voluntária ou não".
O órgão pediu ainda que a desocupação ocorra da maneira "mais pacífica e cordial possível", determinando que os oficiais de Justiça anunciem o prazo de 60 minutos para a desocupação voluntária. Caso o prazo termine e a ordem não seja cumprida, "a autoridade policial deverá empregar o uso moderado e progressivo da força para a retirada dos ocupantes, realizando a prisão em flagrante dos maiores que praticarem algum crime, sem prejuízo de outros tipos penais identificados".