De acordo com o órgão, Garotinho disse que não poderia ser examinado sem a orientação de seu advogado. Com isso, agentes da Polícia Federal responderam que ele, por decisão judicial, estava incomunicável. "Os peritos entenderam, portanto, que o exame direto seria inadequado naquele momento", informou o MP, em nota.
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A respeito da informação sobre sua dupla função no serviço público, o médico explicou que entrou via concurso público para o antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) em 1975; para os quadros da Secretaria Estadual de Administração passou em 1978. "Na época isso era lícito. Depois passou a não ser, e cassaram minha aposentadoria. Estou no Superior Tribunal de Justiça lutando contra isso", contou o médico, que atende Garotinho há cerca de três anos, mas não o via há um ano, por isso o classifica como um "paciente bissexto"
Ele disse que foi chamado à carceragem da Polícia Federal na quarta-feira passada, quando Garotinho foi preso, e percebeu que seu quadro sugeria uma condição coronariana. Uribe acredita que Garotinho poderia ter sofrido um enfarte agudo caso não tivesse sido transferido para o Hospital Quinta D'Or, que é particular e bem aparelhado; antes, ele passara pelo Hospital Souza Aguiar, que é público, e a unidade de saúde do sistema penitenciário, em Bangu.
Os médicos do Ministério Público conseguiram ter acesso a toda documentação médico-hospitalar de Garotinho e, a partir disso, responderam os quesitos solicitados pelo juiz eleitoral. No parecer consta que o ex-governador “estava respirando em ar ambiente, sem precordialgia, e em boas condições clínicas”. E que “os sinais vitais e todos os parâmetros estavam dentro da normalidade”.