Rio - O protesto dos servidores de diversas categorias contra o pacote de medidas de austeridade proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão transformou o entorno da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em uma praça de guerra. De acordo com informações da Polícia Militar, 11 PMs ficaram feridos e nove pessoas foram presas durante o ato.
O confronto começou por volta das 13h, quando um grupo de Bombeiros tentou entrar na Alerj, e já dura mais de duas horas. Por volta das 16h30, o tumulto ganhou contornos de batalha campal. Pelo menos três focos de incêndio foram registrados. Manifestantes fizeram uma fogueira com cones de trânsito e lixo em frente à Igreja São José, ao lado da sede da Alerj, na Rua Primeiro de Março.
Em outro ponto, um banheiro químico foi incendiado. Um caminhão do Corpo de Bombeiros chegou ao local para debelar as chamas, mas foi impedido por colegas bombeiros que participam da manifestação.
Houve resistência da Polícia Militar e da Força Nacional e muitas bombas de gás lacrimogêncio foram disparadas. Funcionários da Casa e jornalistas que estão dentro do prédio receberam máscaras para se proteger das bombas de gás. O pacote de Pezão estava começou a ser votado nesta terça-feira
O principal local de confronto foi na Rua da Assembleia, que liga a Rua Primeiro de Março, onde está a Alerj, à Avenida Rio Branco, a principal do Centro do Rio. Manifestantes retiraram pedras portuguesas do calçamento das calçadas para lançar contra os policiais. A PM está usando um veículo blindado, popularmente conhecido como "caveirão", para dispersar o protesto ao longo da Rua da Assembleia.
A Rua Primeiro de Março e a Avenida Presidente Antônio Carlos foram interditadas ao tráfego de veículos por volta das 11h30. O trânsito é desviado pela Avenida Almirante Barroso. Agentes da CET-Rio orientam estão no local para orientar os motoristas.
OAB repudia a atuação da polícia
A Ordem dos Advogados do Brasil emitiu nota oficial condenando a violência utilizada pelas forças policiais durante a manifestação desta terça-feira e diz que vai cobrar investigação e punição dos agentes envolvidos, em ato, segundo a nota, “típicos dos regimes de exceção”.
O texto dizia que “os excessos, que incluem a invasão de uma igreja e o atentado a transeuntes e manifestantes com o disparo de bombas de efeito moral, demonstram que as autoridades públicas do Rio de Janeiro perderam a capacidade de administrar a crise.”
Leia a íntegra da PM sobre o protesto
Nesta terça-feira (06/12), por volta das 13h, após um discurso inflamado de uma das lideranças, manifestantes investiram contra as grades de proteção da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com lançamento de bombas de fabricação caseira, rojões e morteiros. Essa ação feriu oito policiais militares em serviço, até o momento. Um deles teve um ferimento próximo ao olho, ocasionado pela explosão de um morteiro. Os policiais foram socorridos no ambulatório dentro da ALERJ e quatro deles encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). O Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) está atuando a fim de retomar a ordem no local.
Com informações do Estadão Conteúdo