Grávida morta na Baixada deve ser enterrada nesta quinta-feira
Parentes da vítima foram ao IML para retirar os restos mortais da mulher e do feto nesta quarta-feira
Por gabriela.mattos
Rio - Familiares da jovem Rayanne Christini Costa, 22 anos, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) no Centro do Rio, na manhã desta quarta-feira para retirar o corpo da jovem e do bebê que ela esperava. Os restos mortais da mulher e do feto deverão ser enterrados nesta quinta-feira, no Cemitério do Murundu, em Padre Miguel na Zona Oeste do Rio. Ainda não há informações se a família fará algum velório.
"Enfim, chegou o laudo. Infelizmente, não aconteceu o que queríamos, que era encontrá-la com vida. As pessoas que fizeram isso como a Rayanne são uns monstros. Fizemos uma vaquinha para enterrar ela. Tá doendo, vamos carregar essa dor para sempre. Mas agora com o caso esclarecido, estamos um pouco mais aliviados", afirmou Jupira Costa, tia da vítima.
Polícia confirma que restos mortais são de grávida sumida na Central
A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira, que os restos mortais encontrados há cerca de duas semanas em Magé e Guapimirim, na Baixada Fluminense, são mesmo de Rayanne Christini Costa, 22 anos, e do feto de sete meses que ela esperava. Segundo os agentes, a arcada dentária da vítima ajudou na identificação.
Com o documento, os parentes da jovem já podem providenciar os sepultamentos. Conforme o DIA antecipou, o documento diz que Rayanne foi enforcada após ter o parto induzido por Thainá Silva Pinto, de 21 anos, e o marido dela, Fábio Luiz Souza Lima, 27 anos.
Sequestrada, morta e queimada com sete meses de gravidez, a mulher foi assassinada por enforcamento com uma borracha após parir o bebê.
A menina não resistiu ao processo e também morreu. As informações são da Delegacia de Descoberta de Paradeiro (DDPA). Thainá e Fábio estão presos acusados do crime. O homem prestou um novo depoimento nesta terça na especializada. Três pessoas estão foragidas e a polícia apura a conexão deles com o casal.
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Segundo as investigações, Rayanne foi obrigada a tomar remédio para induzir o parto, que teria sido normal, de acordo com o depoimento de Thainá à DDPA. Depois, foi enforcada e seu corpo foi queimado no quintal da residência em Magé. De acordo com a polícia, Thainá colocou o corpo do bebê dentro da bolsa de Rayanne e jogou em um terreno baldio em Guapimirim.
Peritos conseguiram identificar cortes nos restos mortais e concluíram que a jovem foi esquartejada. Também em Guapimirim, os agentes encontraram a arcada dentária da vítima, que foi analisada por um dentista. Já os outros restos mortais foram submetidos a um exame de DNA, cuja resultado sai em 15 dias.
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Rayanne desapareceu após sair de casa para buscar doações de roupas oferecidas por Thainá pelas redes sociais. O caso foi revelado com exclusividade pelo DIA Online. Segundo as investigações da DDPA, Thainá e Fábio tramaram o crime para ficar com o bebê. Ela mentiu nas redes sociais dizendo que estava grávida de uma menina e, por isso, teria atraído Rayanne.