Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Um candidato foi preso quando chegava para fazer a prova de oficial da Polícia Militar, na manhã deste domingo, em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Em meio a polêmica envolvendo a exigência do diploma de curso de Direito, a Justiça autorizou ontem a realização do exames, que ocorreu em diversas cidades do estado. De acordo com a PM, 2.603 pessoas compareceram.
Formado em Direito, Berckley Correia Bercker foi preso quando chegou para fazer a prova do concurso. A Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar identificou que havia um mandado de prisão contra o candidato pelo art. 33, parágrafo 3º, da Lei de Drogas, que é o crime de oferecer drogas para outras pessoas sem o objetivo de obter lucro. O mandado de prisão foi cumprido pelo Serviço Reservado do 25º BPM (Cabo Frio). 
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De acordo com a Polícia Militar, o concurso teve 3.386 inscritos e 2.603 candidatos compareceram para fazer a prova. Segundo a corporação, 783 inscritos não comparecem nos locais dos exames. 

A realização da prova foi possível por meio de mandado de segurança apresentado pelo estado e deferido pelo desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Na decisão, o magistrado disse que a Polícia Militar comprovou a legitimidade e legalidade do edital para o concurso público no ingresso ao oficialato, ao exigir o diploma de Bacharel em Direito como requisito para os candidatos.
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Em 22 de dezembro, O DIA fez reportagem sobre a nova exigência no edital, que causou revolta nos candidatos que esperavam há dois anos por novo concurso. No mesmo dia, foi criada uma petição online questionando a obrigação do diploma em Direito.
No Facebook da PMERJ, os candidatos e seguidores não pouparam críticas. “Isso é um absurdo total, ficarem nesse "disse me disse" poucos dias antes da prova ! Até agora, no site da IBADE não tem nenhuma informação. Triste esse desrespeito com o candidato!”, reclama Mayrá Siqueira. “E as pessoas de outros Estados que cancelaram sua viagem para fazer a prova e agora leem essa notícia? Será reembolsado o valor da inscrição? Já imagino e desfecho desse concurso...”, observa Victor Queiroz. “Absurdo! Não paga os que já estão dentro imagina os que virão”, lamenta Roberta Abílio.