Rio - Moradores da Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, acusam policiais do 41º BPM (Irajá), pela morte do carroceiro Manuel Lisandro de Castro Faustino, de 46 anos, atingido por um disparo na cabeça durante operação do batalhão na comunidade, na manhã desta segunda-feira.
Manuel transportava alguns materiais na comunidade, como tijolos, areia e pedras, quando foi alvejado. O Coletivo Fala Akari, que representa moradores da favela, postou em sua página no Facebook fotos relatando a ameça de PMs a moradores e um vídeo que mostra a chegada da Delegacia de Homicídios (DH) ao local, à tarde.
Em uma das postagens, informaram que os policiais ameaçaram tirar o corpo de Manuel da Carroça, como era conhecido, antes da chegada da Polícia Civil para a perícia. "Diante da força dos moradores que exigiram respeito aos procedimentos que deveriam ser feitos corretamente, os policiais apontaram pistolas ameaçando atirar", diz a publicação desta segunda.
Procurada pelo DIA, a corporação afirmou que os policiais do 41ºBPM foram até a favela após receberem a denúncia de que havia um corpo caído no chão mas, conforme moradores, a operação acontecia desde o início da manhã.
A PM também informou que a área foi isolada e que a Delegacia de Homicídios da Capital (DH), acionada. "O batalhão realizava operação nas localidades Amarelinho e Beira-Rio, em Acari, quando foram solicitadas para verificar o fato. Segundo os policiais, não houve registro de confronto nestes locais", completa a nota.