Rio - O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), foi internado, nesta terça-feira, para retirar um tumor de 15 milímetros da bexiga. No entanto, a assessoria de imprensa da Casa não informou em qual unidade ele foi hospitalizado. O deputado foi diagnosticado com a doença no último dia 4.
O oncologista Luiz Carlos Villas Boas, médico do deputado, relatou que o procedimento será feito por videolaparoscopia, com duração média de quatro horas. O tempo de recuperação do deputado — e a sua licença da Alerj — só serão definidos posteriormente à biópsia que será feita após o procedimento cirúrgico.
Conduzido coercitivamente
Antes de ser diagnosticado com a doença, Picciani se pronunciou sobre sua condução coercitiva. "Não tenho medo de insinuação de delator", afirmou. O presidente da Casa negou ter atuado de forma irregular, conforme disse Jonas Lopes em delação premiada ao Ministério Público Federal.
A delação do ex-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) desencadeou a operação "O Quinto do Ouro" que prendeu cinco conselheiros do tribunal. Picciani foi uma das 17 pessoas conduzidas coercitivamente à sede da Polícia Federal para depor.
Em um discurso de 23 minutos, Picciani falou sobre três questões abordadas pela Procuradoria Geral da República. Explicou a tramitação dos fundos especiais na Alerj; supostas irregularidades no repasse dos fundos para o pagamento de alimentação de presos; e sua relação com a Fetranspor.