Por thiago.antunes

Rio - Treze pessoas foram presas ontem em Volta Redonda, no Sul Fluminense, na Operação Toronto II, que investiga tráfico no município. Durante a ação, os policiais da 93ª DP (Volta Redonda) se surpreenderam: a casa usada pela quadrilha como boca de fumo, no bairro Califórnia, era toda equipada com câmeras que teriam transmissão direta para um presídio de Bangu.

Câmeras%2C que seriam controladas por bandido em interior de presídio%2C foram recolhidas pela políciaDivulgação / 39ª DP (Volta Redonda)

“De acordo com informações dos próprios bandidos, que vamos investigar, os equipamentos eram monitorados pelo chefe do bando, Bruno Maxuel da Silva, de dentro de um presídio em Bangu, onde está preso por latrocínio. Se essa ousadia for confirmada, seria uma espécie de ‘BBB do mal”, disse o delegado adjunto da 93ª DP, Rodolfo Atala.

Maxuel usaria um celular para checar a manipulação de drogas e dinheiro. Na casa e em outros endereços, onde foram cumpridos a maior parte de 18 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão, foram apreendidos 1,2 mil pinos de cocaína e tabletes da mesma droga, além de 30 trouxinhas de maconha, balança de precisão, revólveres, duas escopetas e munições.

As investigações relacionadas ao bando começaram com a morte de Felipe Rodrigues, 16, em 23 de julho de 2016. O assassinato envolveu 20 jovens, na porta de um colégio, na Vila Santa Cecília. Entre os detidos ontem, mais uma surpresa: um deles tinha tatuado na cabeça as letras DM, iniciais, conforme os agentes da 93ª DP, de Diego Marcelo Rodolfo, 29, morto domingo. Ele seria supostamente rival da quadrilha. As ações foram coordenadas pelo delegado titular, Eliezer Lourenço.

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