Rio - Bandidos explodiram um caixa eletrônico dentro de uma padaria, na madrugada desta quarta-feira, na Rua Ex-Combatente, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De acordo com o 21º BPM (São João de Meriti), os assaltantes trocaram tiros com policiais que passavam pelo local e conseguiram fugir. Ninguém ficou ferido.
Este foi o segundo ataque a caixas eletrônicos no município nesta semana. No último domingo, bandidos tentaram arrombar um equipamento na Avenida do Comércio. O Esquadrão Antibombas chegou a ser acionado para o local, já que o artefato não foi detonado completamente.
Explosões a caixas se tornaram comuns no Rio nos últimos dias: apenas neste mês, foram sete casos registrados. Outras duas ocorrências recentes foram no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, e em São Cristóvão.
PCC pode estar envolvido nos ataques a caixas eletrônicos no Rio
A Polícia Civil investiga uma possível participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos recentes ataques a caixas eletrônicos no Rio de Janeiro. No entanto, o órgão evitou dar detalhes do inquérito para não atrapalhar as investigações.
Não é a primeira vez que o PCC está na mira de investigações da Polícia Civil do Rio. No início do ano, policiais fluminenses identificaram uma aliança entre a facção paulista com a Amigo dos Amigos (ADA), o que levou a mudanças internas no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Uma investigação da polícia paulista provou que integrantes do PCC estariam morando na Rocinha, dominada pela ADA, para ajudar a gerenciar o tráfico na favela. De acordo com a polícia do Rio, o PCC teria rompido um acordo de cooperação de mais de 20 anos com o Comando Vermelho (CV) e, por conta disso, pediram a transferência de galeria dentro do presídio.
Na modalidade de ataque a caixas eletrônicos, apenas em fevereiro deste ano, quatro agências — duas em Belford Roxo, uma no Centro do Rio e outra no Rio Comprido — foram alvo de criminosos. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, foram registrados 51 roubos a caixas em 2016, o que representa um aumento de 54% em comparação com o ano anterior.
Somente no ano passado, foram apreendidos 644 materiais explosivos em todo o estado, incluindo bombas de fabricação caseira.