Por luana.benedito

Rio - Um vídeo enviado para o WhatsApp do DIA (98762-8248) mostra o momento em que dois ônibus foram incendiados por um grupo de suspeitos, na manhã desta terça-feira, na Rodovia Washington Luís, próximo ao acesso à Linha Vermelha. Os ataques aconteceram em represália a uma operação policial nas favelas da Cidade Alta e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio.

Primeiro, os homens incendiaram um coletivo da viação TREL (Transturismo Rei) empresa de Duque de Caixas, na Baixada Fluminense. Nas imagens é possível ver um homem com um pacote na mão jogar algo dentro do ônibus o que faz as chamas aumentarem. O suspeito corre, enquanto, um pouco mais para trás outro veículo, da Auto Viação Reginas, também da Baixada, é esvaziado.

O município do Rio entrou em estágio de atenção por conta do ataque dos criminosos. De acordo com a PM, 45 pessoas foram detidas suspeitas de participação na guerra entre facções para tomar o controle do tráfico na região. O número de armas de grosso calibre impressionou o porta-voz da corporação, major Ivan Blaz.

Três policiais militares ficaram feridos por estilhaços na Favela Kelson's, na Penha, e três suspeitos foram baleados na Cidade Alta, sendo levados para o Hospital Getúlio Vargas, também na Penha. 

A Polícia Militar fez as operações através do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do 16°BPM (Olaria) e do 22°BPM (Maré), que estiveram na região da Cidade Alta. Em Parada de Lucas, policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC) participaram da ação e dois dos fuzis apreendidos foram encontrados na comunidade.

Em nota, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou os ataques a sete ônibus ocorridos na manhã desta terça-feira, na Zona Norte do Rio e município de Duque de Caxias.

A federação informou ainda que em 2017, cerca de 50 ônibus foram incendiados por criminosos, superando todo o ano de 2016, que registrou a marca de 43. De acordo com a Fetranspor, o custo estimado para a reposição da frota incendiada este ano já chega a R$ 22 milhões. E com a crise econômica e o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão não há garantia para a compra de novos veículos, que podem demorar até um ano para entrarem em circulação.


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