Rio - O soldado PM da Unidade de Polícia Pacificadora da Vila Cruzeiro, na Penha, Vinícius dos Santos de Araújo fazia escolta de Paulo César Oliveira Santos, 39 anos, o Índio. Segundo a polícia, ele é o principal fornecedor de armas e munições para bandidos do Rio e estava foragido. Índio foi condenado há mais de 20 anos de prisão por homicídio e roubo, havia cumprido 10 e fugiu. A dupla vai responder por porte ilegal de munição.
A carga apreendida com os dois está avaliada em quase R$ 18 mil. Segundo o delegado-titular da 39ª DP (Pavuna), Henrique Damasceno, responsável pela prisão do policial, que está há três anos na corporação, cada munição está avaliada em R$ 5. Foram apreendidas 3.495. Elas são da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).
“Essas munições serviriam para ameaçar não só a população mas como os milhares de policiais que têm tanto se esforçado para melhorar a segurança do Rio de Janeiro. Então, é bastante gratificante para gente termos conseguido evitar que essas munições chegassem às mãos dos criminosos”, disse Damasceno.
Ele não revelou a procedência das munições, mas a polícia investiga se elas foram compradas de colecionadores de armas. Segundo ele, as investigações continuam e outras pessoas podem ser presas. “Nada nos leva a crer que essas munições tenham sido desviadas da companhia (CBC)”, contou o delegado. Há informações de que as munições iriam para bandidos da área da própria UPP da Vila Cruzeiro, região dominada pelo Comando Vermelho - facção que tentou invadir a Cidade Alta, na terça-feira. O confronto fechou a Avenida Brasil e Rodovia Washington Luiz e levou pânico à população. Nove veículos foram incediados.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento