Por luana.benedito

Rio - Um dos suspeitos de participar do assassinato do italiano Roberto Bardella foi preso, na tarde desta quinta-feira, em Cabo Frio, na Região dos Lagos. O crime aconteceu em dezembro do ano passado, quando o turista de 52 anos e o seu primo, Rino Polato, de 59, entraram por engano de motocicleta no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. 

De acordo com o 25°BPM (Cabo Frio), com o suspeito foram apreendidas seis trouxinhas de maconha e os policiais verificaram que há dois mandados de prisão contra o homem, um por roubo e outro por homicídio.  A ocorrência foi encaminhada à 126ªDP (Cabo Frio).

Turistas italianos Roberto Bardella e Rino Polato viajam em motocicletas e entraram por engano no Morro dos Prazeres Reprodução Facebook

Turista tinha sonho de conhecer Cidade Maravilhosa

Bardella e Polato estavam de férias na América Latina, os primos motociclistas chegaram ao Brasil por Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, com o sonho de conhecer o Rio de Janeiro. Mas violência do tráfico de drogas acabou com a aventura da dupla.

Quando voltavam de uma visita ao Cristo Redentor com destino às praias da Zona Sul. Eles erraram o caminho, guiado por GPS, e entraram no acesso do Morro dos Prazeres, onde se depararam com cerca de dez traficantes fortemente armados.

Roberto Bardella, que vinha na frente, não parou e foi baleado na cabeça e outro no braço. Morreu na hora. Assustado, Rino Polato parou com sua moto, ergueu os braços e retirou o capacete, salvando-se da morte.

“Segundo o Rino, que estava muito abalado e chorava muito, a impressão que ele teve foi de ter sido, junto com o primo, confundido com policiais, por estarem com câmeras acopladas aos capacetes”, explicou o delegado Fábio Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios da capital.

Provas foram enterradas e motos, limpas

A preocupação dos traficantes com a repercussão internacional do caso e a possível ocupação com tropas federais fez com que os bandidos destruíssem e enterrassem as provas que pudessem identificá-los, como celulares e câmeras que estavam com os turistas. A polícia espera que Rino Polato consiga, através do mapa da região, identificar onde estas provas podem ser encontradas, bem como o local exato do assassinato do primo.

As motos usadas pelos italianos também foram lavadas pelos criminosos que, segundo Polato, usaram luvas para não deixar impressões digitais. As motocicletas, superequipadas, tinham placas da União Europeia, e foram trazidas pelos turistas, que pretendiam percorrer o Brasil de Norte a Sul, além de outros países da América Latina.

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