Rio - Determinado no início deste mês pelo governo federal em meio à escalada da criminalidade no Rio de Janeiro, o novo plano de segurança para o estado terá apoio de empresários ligados ao turismo. A intenção é aproveitar os investimentos que já foram feitos nos últimos anos para que, por meio de ações coordenadas, haja desenvolvimento econômico e geração de empregos.
Para discutir o assunto, representantes de redes hoteleiras e promotoras de eventos participaram ontem de um encontro com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen.
A reunião foi marcada depois que os empresários cariocas enviaram uma carta ao presidente Michel Temer pedindo ações emergenciais para a segurança na cidade, sob o risco de a imagem da cidade em nível internacional continuar se deteriorando.
De acordo com Etchegoyen, o objetivo é finalizar o plano “o mais breve possível”, trabalhando em três vertentes: inteligência, segurança e ações sociais. Hoje, ele e Jungmann vão se reunir com Temer para apresentar as linhas gerais do plano, que posteriormente será discutido com o governo estadual. Para os ministros, a promoção de um plano tendo como foco a sustentabilidade vai possibilitar benefícios sociais, reduzindo, por exemplo, o desemprego.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), os grandes eventos dos últimos anos trouxeram investimentos de pelo menos R$ 30 bilhões à cidade, em recursos públicos e privados. Vinícius Lummertz, presidente da Embratur, defendeu que a sustentabilidade de um projeto de segurança da cidade passe também pelo econômico, social e, “evidentemente, pelo emprego”.