Por luana.benedito

Rio - Com o objetivo de discutir o elevado número de multas recebidas pelos motoristas que atuam no transporte de passageiros nos corredores do BRT, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb) protocolou nesta terça-feira, na Prefeitura do Município, um ofício solicitando um encontro urgente com o prefeito e o secretário de Transportes, para encontrar uma solução para que os profissionais não sejam penalizados.

Organização sindical quer encontrar uma solução para que profissionais não sejam penalizadosDivulgação

De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, em novembro do ano passado esse problema foi discutido com o então secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, que prometeu a publicação de um memorando interno ou portaria suspendendo por 180 dias todas as multas aplicadas aos motoristas dos BRTs, até que uma auditoria fosse realizada comprovando que a maioria delas eram aplicadas quando o veículo já estava em movimento no momento em que o sinal mudava de amarelo para vermelho.

"O problema é que agora os motoristas do BRT estão recebendo uma série de multas dobradas e obrigados pelas empresas a assinarem o 'vale multa',onde o valor é descontado diretamente em seu salário; isso sem contar com a pontuação registrada na CNH", explicou.

Sebastião disse ainda, que na época ainda foi apresentada ao antigo secretário de Transportes, a possibilidade da instalação de sinais inteligentes com temporizadores nos cruzamentos de todos dos corredores indicando o tempo que falta para o sinal vermelho aparecer, evitando dessa maneira que os profissionais sejam penalizados.

"O ônibus do BRT tem aproximadamente 28m e pesa cerca de 30 toneladas vazio e 65 toneladas cheio, o tamanho de um vagão de trem. Se ele vem dentro da velocidade permitida e o sinal passa de verde para amarelo a uma distância de 100 metros, é impossível que ele consiga parar, pois se frear bruscamente pode ocasionar um acidente sério. Para evitar que isso ocorra ele vem freando gradualmente, mas o veículo não para imediatamente. Prova disto é que 90% das multas registradas são das placas traseiras " disse.

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