Por gabriela.mattos

Rio - A megaoperação das forças de segurança em comunidades do Rio deixou 22.548 alunos sem aulas na manhã desta segunda-feira. O número é recorde neste ano. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação, 31 escolas, 11 creches e 12 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) não abriram na cidade.

Escolas do Jacarezinho voltaram a fecharFotos%3A Maíra Coelho / Agência O Dia / Arquivo

O local mais atingido foi Manguinhos, na Zona Norte do Rio, onde 5.685 estudantes foram prejudicados. Ao todo, seis colégios, quatro creches e dois EDIs fecharam na comunidade e em Benfica, bairro no entorno da favela. Já no Complexo do Alemão, cinco escolas, seis EDIs e uma creche não abriram, deixando 5.604 jovens fora das salas de aula nesta segunda.

Segundo a secretaria, Higienópolis também registrou um grande número de estudantes sem aulas: ao todo, seis escolas fechadas com 3.479 estudantes. No Jacarezinho, onde os moradores viveram dez dias seguidos de tiroteio, 2.395 alunos ficaram longe dos colégios nesta segunda. Quatro escolas, quatro creches e dois EDIs fecharam as portas.

Em Del Castilho, 1.502 pessoas foram prejudicadas em quatro escolas e um um EDI. Enquanto isso, a secretaria registrou 1.455 alunos sem aulas no Rocha e em Triagem. Ao todo, dois colégios e um EDI não abriram nesta manhã. No Complexo do Chapadão, foram 1.304 pessoas em duas escolas e duas creches. 

Os dois locais menos atingidos foram Maria da Graça, com apenas uma escola fechada e 850 estudantes prejudicados, e Cachambi, com 274 alunos e um colégio. 

Em coletiva nesta segunda-feira no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o subsecretário estadual de Comando e Contole, Rodrigo Alves, se justificou dizendo que o terror não é causado pela polícia, mas sim pelos criminosos. "A população está aterrorizada pelos bandidos. A polícia não aterroriza ninguém. Quem coloca a população em risco são os bandidos", defendeu.

O subsecretário afirmou ainda que não havia necessidade de fechamento de escolas, porque não foram registrados tiroteios em horários escolares. "Começamos a operação antes do fluxo de pessoas. As escolas poderiam abrir, pois no horário escolar as comunidades já estavam estabilizadas", disse.

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