Por karilayn.areias

Rio - As operações conjuntas na Rocinha e em outras comunidades da Tijuca, do Caju, da Maré e do Alemão resultaram em 53 presos, 11 menores apreendidos e 16 mortes. Foram apreendidos 29 fuzis, três submetralhadoras, cinco espingardas calibre 12, 25 pistolas e 36 granadas e explosivos. O balanço parcial das ações, que já duram 24 dias, foi apresentado por autoridades das polícias Civil, Militar e do Estado Maior Conjunto no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, nesta quarta-feira. 

Segundo o delegado Antonio Barreto, da 11º DP (Rocinha), 54 mandados de prisão foram concedidos e 34 — referentes à tentativa de homicídio qualificado contra agente de segurança pública, dano, roubo, associação ao tráfico e resistência qualificada — foram solicitados nesta quarta-feira e serão encaminhados ao Ministério Público. Do total, 16 mandados foram cumpridos.

Na coletiva, o subchefe operacional da Civil, Fernando Albuquerque, evitou responder perguntas sobre as investigações a respeito do Rogério 157, como, por exemplo, se o traficante teria trocado de facção. Albuquerque disse que não convém revelar informações sigilosas por enquanto.

"Com relação à prisão do Rogério, a Polícia Civil e a Polícia Militar ao longo dos anos já prenderam outros criminosos e prenderão este também", afirmou Rodrigo Alves, subsecretário de Comando e Controle.

Perguntado sobre quais são os principais alvos da polícia neste momento, Rodrigo Alves afirmou que não existe criminoso número 1. "Existe aquele que transgride a lei e será preso e existe aquele que tem mandado e nós vamos cumprir". 

Sobre a disputa entre traficantes na Rocinha, o subsecretário disse que qualquer comunidade onde o tráfico é muito lucrativo pode ser palco de confrontos, mas que a Rocinha se encontra "estabilizada com a presença de forças estaduais, com o apoio de forças federais, para evitar esse tipo de confronto". Na opinião do subsecretário, os confrontos recentes na Rocinha são reação dos criminosos à ação da policia na região.

A parceria entre as forças armadas e polícias Civil e Militar continua por tempo indeterminado na Rocinha. 


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