Por thiago.antunes

Rio - Não bastassem os problemas financeiros, por conta da redução de 50% do repasse da prefeitura (de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão por agremiação), as escolas de samba do Grupo Especial continuam com seus barracões na Cidade do Samba fechados, desde quinta-feira, pela decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT), sob alegação de problemas com instalações elétricas e falta de condições de trabalho.

Ontem, havia a expectativa de que uma reunião entre o departamento jurídico da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa) e o MPT resolveria a questão. Mas, até o início da noite nada havia sido decidido. A interrupção na confecção de alegorias, carros e fantasias, a quatro meses do Carnaval, pode comprometer o desfile.

O presidente da Verde e Rosa, Chiquinho da Mangueira, disse que o MPT penaliza as escolas. "Isso é o fim da picada. São 300 empregos gerados nos barracões. Lá não tem trabalho escravo. Todo mundo recebe em dia. Quero saber quem vai pagar pelos dias parados", protestou. Ele também reclama da falta de um prazo para as escolas se adequarem às exigências do órgão. "Por que não fizeram essa fiscalização em março? A gente faz o maior espetáculo do mundo. Tem que ter mais respeito".

O DIA tentou contato com o Ministério Público do Trabalho, mas a informação era de que o expediente havia terminado às 16h30.

 

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