Por adriano.araujo

Rio - O adolescente F.V.S, de 17 anos, um dos três baleados no ataque ao luau que acontecia na Praia de São Conrado, na Zona Sul, na madrugada deste domingo, é suspeito de integrar o bando de Nem da Rocinha que invadiu a comunidade, em 17 de setembro. 

Ele é um dos investigados no inquérito aberto na 11ª DP (Rocinha), que apura a invasão. Segundo a polícia, o menor já é investigado por sete crimes: tentativa de homicídio, roubo, dano, associação criminosa, disparo de arma de fogo, porte ilegal e resistência qualificada. Além disso, ele possui um mandado de apreensão em aberto.

Carro usado para socorrer o adolescente baleado no luau de moradores da Rocinha. Segundo a polícia%2C o menor tem passagens por tráficoRafael Nascimento / Agência O Dia

De acordo com as investigações, algumas pessoas ligadas a Nem estavam na festa na praia e homens ligados a Rogério 157 passaram em uma pick-up preta e atiraram em direção ao adolescente.

Os feridos foram levados para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. O menor, que não está sob custódia, foi ouvido pelos policiais da 15ª DP (Gávea). Andrei Gonçalves, de 23 anos, e Francisca Mesquita, 76 anos, que vendia caipirinhas na festa, também acabaram atingidos. Andrei não tem passagens pela polícia.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os três baleados foram operados e têm quadro de saúde estável. O delegado titular da 11ª DP (Rocinha), Antônio Ricardo Nunes, informou que já pediu as imagens de câmeras de segurança de dois quiosques da orla à CET-Rio.

Francisca Pereira de Mesquita%2C 76 anos%2C trabalhava na festa e foi atingida na mão quando preparava uma caipirinhaDivulgação

Baleada quando fazia caipirinha

A idosa Francisca Pereira de Mesquita, 76 anos, trabalhava na festa e foi atingida na mão quando preparava uma caipirinha que vendia para os frequentadores do luau. 

Zenaide Pereira, de 41 anos, filha de Francisca, disse mandou o filho buscá-la para ajudar a trazer as coisas que ela vendia. Quando o garoto chegou ao local soube que a avó tinha sido baleada.

"Há 15 anos a minha mãe vendeu caipirinha lá e isso nunca aconteceu. Meu filho disse que quando ela levantou a mão, para preparar a caipirinha, ela foi baleada na mão esquerda. Meu filho disse que era muito tiro e no momento ele correu e se escondeu. Graças a Deus ela está bem", disse Zenaide.

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