Por caio.belandi

Rio - "Temos uma impunidade que fomenta a violência". Com duras críticas a penas que considerou brandas, o secretário de Segurança, Roberto Sá, disse, em discurso na manhã desta quarta-feira, que em alguns momentos sente que está enxugando gelo. A fala foi feita na inauguração do prédio da 2ª Região Integrada de Segurança Pública (2ª RISP)  que vai concentrar as polícias civil e militar, em Campo Grande, na Zona Oeste. "Esse prédio materializa o conceito de integração", avaliou.

2ª RISP inaugurada nesta quarta-feira fica em Campo Grande, na Zona Oeste do RioDivulgação

Sá discursou por cerca de 20 minutos, e disse aos polícias para não se abaterem com a crise econômica. "Sei que sentem que enxugam gelo. Eu também sinto isso. Mas temos que continuar enxugando esse gelo", comentou. Ele lembrou que este ano houve redução de 50% dos recursos materiais da PM e a redução de 40% dos recursos orçamentários que estavam previstos. "Nesse momento de crise é que a gente tem que se manter firme e forte", destacou. O secretário reforçou que 58% da frota da PM está precisando de manutenção.

Sá ressaltou, ainda, que a polícia dará uma resposta às ações criminosas na Vila Joariza, na Ilha do Governador, onde criminosos picharam a base da PM, e também no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, onde policiais foram feitos reféns por criminosos da comunidade.

Ele comentou que as operações integradas com as Forças Armadas irão continuar e garantiu que a investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói-São Gonçalo irá elucidar a morte de sete pessoas, no Complexo do Salgueiro, durante uma ação do Exército e da Polícia Civil. "Enquanto a polícia estiver abordando e sendo recebida por disparos de arma de fogo, talvez seja inevitável que o resultado morte aconteça. Não é o que desejamos. Mas não posso exigir do policial que tome o tiro para não poder atirar", avaliou.

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