Forças armadas no Jacarezinho Zona Norte do Rio, no ano passado - Severino Silva
Forças armadas no Jacarezinho Zona Norte do Rio, no ano passadoSeverino Silva
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), elogiou a decisão do presidente Michel Temer de decretar intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. O Exército assumirá a segurança do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e área de inteligência. "Acho que é uma atitude que merece respeito", disse.

Agripino considera que Temer "se antecipou a uma situação extraordinária". "O carnaval mostrou que a situação do Rio de Janeiro está fora de controle. E ele, com muita responsabilidade, resolveu assumir uma coisa em favor do interesse público do Rio."

O senador ressaltou que Temer tomou a atitude com o consentimento do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB). "O Estado resolveu assumir um estado de perda de controle", reforçou.

Para o presidente do DEM, desde o início dos trabalhos legislativos, há duas semanas, o Senado demonstrou preocupação com a área da segurança pública. Ele mencionou o discurso do presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), e propostas aprovadas pelos senadores como a que obriga a instalação de bloqueadores de sinal de telefones celulares em penitenciárias e presídios.

"Essa foi a pauta da abertura dos trabalhos. O assunto do Rio de Janeiro foi coincidente com a preocupação com que o Congresso abriu os trabalhos e com a aprovação de projetos nesta área."

O parlamentar evitou comentar a possibilidade do governo criar um Ministério da Segurança Pública. "Isso é outra questão, é uma questão para se debater e se avaliar", desconversou.

Votação

As sessões no Congresso Nacional para apreciação do decreto de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro devem ocorrer a partir da próxima semana. Segundo técnicos do Legislativo, serão duas votações distintas, uma na Câmara e outra no Senado, convocadas pelos respectivos presidentes das Casas. Pela Constituição, ainda será preciso formar antes o Conselho da República, criado para deliberar sobre intervenção federal.

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