Árvore caída na Rua Pereira de Almeida, esquina com a Barão de Iguatemi, na Praça da Bandeira - Maíra Coelho / Agência O Dia
Árvore caída na Rua Pereira de Almeida, esquina com a Barão de Iguatemi, na Praça da BandeiraMaíra Coelho / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - Manifestantes foram às ruas, nesta sexta-feira, protestar contra a falta de luz na cidade, que já dura mais de 35 horas. O temporal da noite desta quarta-feira, que durou durante a madrugada de quinta, resultou em quedas de árvores e postes e vários pontos de alagamento, afetando a distribuição de luz por toda a cidade. Até o momento, não há relatos de confusões nos protestos.

Segundo o Centro de Operações do Rio, a Avenida Brasil na altura da Fazenda Botafogo e da Vila Kennedy, na pista sentido centro, houve bloqueios e o trânsito ficou lento da região. A Polícia Militar informou que o Batalhão de Policiamento em Vias Expressas precisou deslocar viaturas para a via.

A Avenida Marechal Rondon também ficou ocupada por manifestantes, ocasionando retenções no trecho entre a Rua Frei Pinto e a Rua Samuel Guimarães. A Rua Magalhães Castro, em Riachuelo, na Zona Norte do Rio, também foi palco de manifestações. 

Na noite desta quinta-feira, houve interdição da Estrada do Guerenguê, na Taquara, na Zona Oeste. Para fazer o bloqueio, os manifestantes atearam fogo em pneus e entulhos. No final da manhã desta sexta-feira, evento semelhante ocorreu na Estrada de Paciência, em Cosmos, também na Zona Oeste. Nas redes sociais, moradores destacaram que, após o protesto, um caminhão da Light apareceu no local. Em Senador Camará, outro bairro da Zona Oeste, moradores do conjunto Minha Casa, Minha Vida II divulgaram nas redes sociais imagens de uma marcha em protesto contra a falta de luz.

O Diretor de Engenharia da Light, Dalmer de Souza, declarou que 350 equipes, cerca de 1.500 profissionais, estão trabalhando para restabelecer o fornecimento de luz na cidade. Segundo ele, mais de mil árvores caíram nas redes da light e ocasionaram muito transtorno. “Você quebra postes, quebra isolador, rompe condutores, e cada reforma dessa dura cerca de seis a oito horas”, disse. Ele também declarou que o temporal foi atípico e que espera normalizar a situação o mais rápido possível.

Em nota, a Light informou que as localidades mais críticas são Campo Grande e Jacarepaguá, na Zona Oeste, e Ilha do Governador e Penha, na Zona Norte. A companhia ressalta que os serviços de normalização estão sendo dificultados pelo volume de árvores de grande porte caídas, o que estaria relacionado com aproximadamente 70% das ocorrências atendidas até o momento.

De acordo com a empresa, em muitas áreas, o trabalho está sendo conduzido conjuntamente com a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), para fechamento de vias, e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), para remoção das árvores. Não há previsão para a completa normalização do serviço. Segundo a Light, cada caso tem suas peculiaridades e os prazos variam conforme as condições encontradas.

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