Rio - O município de Itatiaia confirmou na noite desta sexta-feira o primeiro caso de febre amarela em macaco. O registro aconteceu no interior do parque nacional da cidade, que ainda não tem casos da doença em humanos.
Com a confirmação, Itatiaia passa de área de alerta para área de circulação confirmada do vírus da febre amarela. Quem for entrar no parque a partir de agora terá que assinar um termo de ciência de risco. Também será intensificada as orientações aos visitantes com relação à importância da vacinação e da proteção aos macacos, que são vítimas do vírus e não transmissores da doença.
Segundo a Prefeitura de Itatiaia, desde fevereiro de 2017 foi delimitada uma área na divisa da cidade para ação preventiva de monitoramento dos macacos, assim da campanha de vacinação que acontece nas nove unidades de saúde do município e já imunizou 22.207 pessoas, o que corresponde a 85,4% da população. A vacina em Itatiaia, diferente de outras regiões, não está sendo fracionada.
De acordo com o Diretor de Saúde, Alexandre Paulino, a presença do vírus nos macacos alerta a população para a importância da vacinação. "Estamos buscando alcançar 100% da população imunizada, por isso pedimos que as pessoas que ainda não tomaram a vacina que procurem a unidade de saúde de sua referência. Hoje estamos com duas unidades abertas, a Policlínica Municipal e a ESF de Penedo, esse é o quarto Dia D que realizamos na cidade. Após a confirmação do primeiro caso de febre amarela em primata, na segunda-feira teremos uma reunião para definir as novas estratégias de imunização mediante o protocolo da Secretaria Estadual de Saúde", explicou.
A vacinação acontece na Policlínica Municipal e nas Unidades de Estratégia de Saúde da Família da Vila Esperança, Vila Magnólia, Vila Flórida, Penedo, Campo Alegre I / II, Maromba e UBS Marechal Jardim. Para receber a dose da vacina é necessária a apresentação de um documento de identificação com foto e comprovante de residência.
A Diretora de Vigilância e Saúde, Rozimeire Franco, reforçou que os primatas também são vítimas da doença. Os macacos se comportam como sentinelas e são indicadores importantes para vigilância e controle do vírus da doença.
"Matar o macaco não resolverá o problema, por isso reforçamos que o correto é avisar a Zoonoses caso o morador perceba algo de diferente com o animal que sempre está próximo de sua residência. Uma vez identificados os eventos, o serviço de saúde coletará amostra para laboratório e avaliará, por exemplo, se as populações de primatas da região ainda são visíveis e estão integrados", destacou. A Divisão de Zoonoses fica funciona junto a Vigilância Ambiental na Avenida dos Expedicionários, 425, no Centro de Itatiaia. O telefone para contato é o 3352-4243.
