Homem arranca faixa que critica intervenção federal no Rio - Divulgação
Homem arranca faixa que critica intervenção federal no RioDivulgação
Por O Dia

Rio - Um homem arrancou, no sábado, uma faixa que criticava a intervenção federal no Rio. A peça gráfica, composta por um desenho de um soldado sendo revistado por uma criança de uniforme escolar seguida da frase "Inverter a intervenção", estava pendurada na fachada onde funcionava a casa de shows Canecão, em Botafogo. 

A faixa havia sido instalada na quinta-feira pela Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj) e foi elaborada pelo caricaturista e diretor de arte André Hippertt. O desenho é uma versão da famosa ilustração, que fica em um muro de Israel, do artista urbano e ativista político Banksy. No desenho original, o soldado israelense é revistado por uma garota palestina. 

Hippertt se pronunciou sobre o caso nas redes sociais. "O próprio secretário de segurança admite que o confronto e a ocupação nas favelas não vai resolver o problema, mas os intolerantes chegaram ao limite. Arrancaram a faixa do muro da UFRJ e nem se deram ao trabalho de saber o que significa. Se isto não é uma radicalização antidemocrática não sei mais o que é", comentou. 

A Adufrj também se manifestou sobre o ocorrido. "A Adufrj repudia veementemente os atos de vandalismo praticados pelos "valentes cidadãos". Ações como essa mostram que a Inversão da Intervenção, mais do que necessária, é urgente para reconstituição de nossa democracia. Intolerantes não passarão. Paz e democracia". 

Através de nota, a professora Tatiana Sampaio, professora da UFRJ e membro da diretoria da Adufrj, comentou que "acredita que é papel das universidades promover discussões mais profundas sobre as importantes questões que preocupam a sociedade."

Faixa que criticava intervenção federal no Rio foi retirada por um homem - Divulgação
 "A violência no Rio de Janeiro, e em muitas outras cidades pelo Brasil, é muito elevada e prejudica a todos. Queremos contribuir para aprofundar a discussão sobre o problema da violência e participar da elaboração de um plano de ação mais consistente e duradouro. Não temos razões para acreditar que uma intervenção militar irá reduzir a violência no estado. Os exemplos anteriores de intervenção não foram bem sucedidos e não melhoraram em nada a vida nas comunidades afetadas. Esperamos que a violência seja controlada e que a paz chegue para todos", diz outro trecho da nota.

 

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