Rio - Com atividades que variam desde consultas jurídicas e psicológicas até cursos de formação, a Casa da Mulher Carioca, que tem unidades em Madureira e Realengo, superou as expectativas e atingiu mais que o dobro do previsto em atendimento no ano passado. E mais do que receber o público feminino, o espaço contribui como forma de superação dessas mulheres que carregam histórias tristes de vida, como a de Sonia Maria da Silva, 62 anos, vítima de violência doméstica.
"Eu já fiz cursos, participo das terapias e me sinto curada dessa situação. Nós não merecemos esse tipo de tratamento, e a Casa me fez renascer das cinzas", declarou Sonia, que participa das atividades na Casa Mulher Carioca Tia Doca, em Madureira.
Em 2017, a unidade da Zona Norte tinha meta de 6 mil atendimentos, mas atingiu a marca de 11.415. Em Realengo, a Casa Dinah Coutinho também tinha expectativa de 6 mil e realizou 16.219 atendimentos.
Patrulha Maria da Penha
Um projeto de lei complementar, do vereador Jones Moura (PSD), prevê uma patrulha da Guarda Municipal do Rio para casos de Lei Maria da Penha. De acordo com a proposta, que ainda está em tramitação na Casa, a guarda deverá verificar o cumprimento das medidas protetivas expedidas pelo Poder Judiciário, por meio de visitas periódicas às vítimas e rondas nas regiões onde elas residem.
Além da patrulha, o projeto também prevê a criação do 'botão do pânico', que poderá ser acionado pela mulher que estiver sob ameaças.