The Guardian destacou que Marielle Franco denunciava táticas agressivas da polícia nas favelas - Reprodução Internet
The Guardian destacou que Marielle Franco denunciava táticas agressivas da polícia nas favelasReprodução Internet
Por O Dia

Rio - O assassinato brutal da vereadora Marielle Franco, atingida por pelo menos cinco tiros na cabeça, é assunto dos principais jornais internacionais. No ataque, quando um veículo emparelhou no carro em que ela estava e fez disparos na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, na Região Central do Rio, o motorista da parlamentar, Anderson Pedro Gomes, 39 anos, também acabou morto.

Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos, como New York Times, ABC e The Washinton Post, noticiaram pela internet a morte de Marielle. No NYT, a reportagem lembrou que "o governo federal colocou os militares responsáveis pela polícia local do Rio em meio a uma onda de violência", mas que "até agora, não há indicações de melhoria na segurança na cidade."

O britânico "The Guardian" diz que a segurança não melhorou no Rio após a intervenção federal. "Em 16 de fevereiro, o governo federal do Brasil colocou militares como responsáveis pelo policiamento local no Rio em meio a uma onda de violência. Até agora, não há indicações de melhoria na segurança na cidade", trouxe a reportagem. 

O jornal destacou um dos últimos tweets de vereadora Marielle Franco: "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?". A reportagem também falou sobre a atuação da parlamentar no campo dos direitos humanos, denunciando as táticas agressivas da polícia nas favelas. 

O texto comenta que Marielle era conhecida por seu trabalho social nas favelas da capital fluminense e que havia acusado policiais de usar táticas pesadas.

Site News Deeply, de Nova York, destacou a origem e luta de Marielle Franco - Reprodução Internet

O argentino Clárin lembrou na matéria publicada em seu site que Marielle Franco foi morta quando retornava de um ato de empoderamento de mulheres negras.

O site News Deeply, de Nova York, destacou a origem e a luta de Marielle com o título "Das favelas a vereadora, lutando pelos direitos das mulheres no Rio", destacando o trabalho em prol das mulheres negras das periferias.

"Quando Marielle Franco decidiu concorrer a um lugar no município do Rio de Janeiro, ela já teve três ataques contra ela nos olhos do público eleitoral: ela é mulher, ela é afro-brasileira e ela vem da favelas, favelas urbanas da cidade. Apesar das probabilidades, ela foi eleita para a Câmara da cidade no ano passado, e desde então tornou prioritário lutar pelos direitos de seus constituintes femininos", diz a matéria.

A Anistia Internacional, órgão mundial que trabalha na defesa dos direitos humanos, se posicionou poucas horas após o assassinato da vereadora Marielle Franco pedindo "uma investigação imediata e rigorosa".

"Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial. Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco", diz a nota.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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