Enterro do menino Benjamin de 1 ano e 7 meses, no cemiterio Marui no Barreto, vítima de bala no complexo do Alemão. Rj, 18 de marco. - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Enterro do menino Benjamin de 1 ano e 7 meses, no cemiterio Marui no Barreto, vítima de bala no complexo do Alemão. Rj, 18 de marco.Marcio Mercante / Agencia O Dia
Por O Dia

Rio - Cerca de cinquenta pessoas acompanharam o enterro do menino Benjamim, de 1 ano, na tarde deste domingo, no Cemitério do Maruí, no Barreto, Zona Norte de Niterói. Ele foi atingido por tiro na cabeça na noite de sexta-feira, durante um confronto entre policiais e bandidos no Complexo do Alemão. O velório foi marcado pela forte emoção e revolta dos presentes. A mãe, Paloma Maria Novaes, e a avó do menino passaram mal e precisaram ser amparadas em diferentes momentos. O garoto foi sepultado sob os gritos de "justiça por Benjamim!".

"O natural não seria eu estar enterrando meu filho agora. Meu filho foi impedido de poder sonhar. Peço a Deus que outros pais não precisem sentir o que estou sentindo agora", disse o pai de Benjamim, Fábio Antônio da Silva.

Ele disse que a bala que matou o filho dele é um reflexo da má administração pública no Rio de Janeiro. "Acho que tem que rever a segurança nas áreas de conflito, verificar se tem inocente no caminho. Eles precisam ter estratégias. Eu pensava que meu filho tinha liberdade de andar. Espero que os órgãos públicos venham dar respostas e que investiguem a fundo, como estão fazendo no caso da vereadora (Marielle Franco)", desabafou.

Fábio disse que nenhum órgão público o havia procurado para oferecer assistência à família. No entanto, momentos depois, o superintendente da Grande Inhaúma e Complexo do Alemão chegou ao velório. Romildo Jucá disse que foi enviado pelo prefeito Marcello Crivella. "O prefeito está muito triste com vidas inocentes que estão sendo ceifadas. Eu estava mais perto, por isso vim em nome do prefeito", declarou.

O enterro do menino Benjamim teve as despesas pagas por uma pessoa que pediu à família para manter o anonimato. 

Galeria de Fotos

Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, morreu baleado no Complexo do Alemão. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, morreu baleado no Complexo do Alemão. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, é velado no cemitério Maruí, no Barreto, em Niterói. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, morreu baleado no Complexo do Alemão. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, é velado no cemitério Maruí, no Barreto, em Niterói. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, é velado no cemitério Maruí, no Barreto, em Niterói. Marcio Mercante / Agencia O Dia
Menino Benjamim, de 1 ano e 7 meses, é velado no cemitério Maruí, no Barreto, em Niterói. Marcio Mercante / Agencia O Dia

 

Madrugada de domingo é violenta no Alemão

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizaram uma operação no Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na madrugada deste domingo. Segundo a PM, quando estavam na localidade conhecida como Campo do Seu Zé, a equipe foi recebida a tiros pelos criminosos que fugiram. Durante as buscas, os policiais apreenderam um fuzil AK calibre 7.62 com dois carregadores, um artefato explosivo, 640 embalagens com erva seca e ainda 264 pinos de pó branco. A ocorrência foi registrada na 45ª DP (Complexo do Alemão).

Este foi o segundo fuzil apreendido pela Polícia Militar neste final de semana. Na tarde deste sábado, PMs realizaram uma operação na Comunidade Primavera, em Cavalcante, também na Zona Norte. Durante o patrulhamento a equipe se deparou com 10 criminosos, todos em motocicletas e portando fuzis e granadas, eles atiraram contra os policiais militares, que revidaram. Após o confronto, a equipe prendeu um criminoso ferido e recuperou uma motocicleta roubada. Com ele foi apreendido um fuzil calibre .556, uma granada, um radiocomunicador, carregadores e um celular. O criminoso foi levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e ficou custodiado. A ocorrência foi registrada na Cidade da Polícia, no Jacaré.

 

 

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