Por O Dia

Rio - Um ataque de criminosos deixou três mortos e uma criança baleada, na noite desta segunda-feira, no bairro Nova Cidade, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Bandidos estavam em um carro na Rua União e fizeram vários disparos em direção a pedestres na rua. Luciano Conceição da Silva, 29, e seu filho, Isaac Augusto da Silva, de apenas dois anos, foram baleados. Luciano chegou a ser socorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, mas não resistiu aos ferimentos.

Isaac foi levado ao Hospital Estadual Alberto Torres, onde passou por cirurgia até o início da madrugada desta terça. O estado de saúde dele é grave.

Outros dois homens, Ferret Damasceno Lessa, de 20 anos, e Luiz da Boa Morte Augusto, 58, foram atingidos pelos disparos e morreram no local. Policiais do 7º BPM (São Gonçalo) foram acionados por moradores.

O ataque teria sido motivado pela disputa de traficantes e milicianos por territórios na região. A Delegacia de Homicídios de Niterói (DHBF) investiga o caso e tenta encontrar os autores do crime.

Morte de Benjamin

Na noite de sexta-feira, o pequeno Benjamin foi atingido por um tiro na cabeça, durante um confronto entre policiais e bandidos no Complexo do Alemão. O velório foi marcado pela forte emoção e revolta dos presentes. A mãe, Paloma Maria Novaes, e a avó do menino passaram mal e precisaram ser amparadas em diferentes momentos. O garoto foi sepultado sob os gritos de "justiça por Benjamim!".

"O natural não seria eu estar enterrando meu filho agora. Meu filho foi impedido de poder sonhar. Peço a Deus que outros pais não precisem sentir o que estou sentindo agora", disse o pai de Benjamim, Fábio Antônio da Silva.

 Ele disse que a bala que matou o filho dele é um reflexo da má administração pública no Rio de Janeiro. "Acho que tem que rever a segurança nas áreas de conflito, verificar se tem inocente no caminho. Eles precisam ter estratégias. Eu pensava que meu filho tinha liberdade de andar. Espero que os órgãos públicos venham dar respostas e que investiguem a fundo, como estão fazendo no caso da vereadora (Marielle Franco)", desabafou.

Fábio disse que nenhum órgão público o havia procurado para oferecer assistência à família. No entanto, momentos depois, o superintendente da Grande Inhaúma e Complexo do Alemão chegou ao velório. Romildo Jucá disse que foi enviado pelo prefeito Marcello Crivella. "O prefeito está muito triste com vidas inocentes que estão sendo ceifadas. Eu estava mais perto, por isso vim em nome do prefeito", declarou.

O enterro do menino Benjamim teve as despesas pagas por uma pessoa que pediu à família para manter o anonimato. 

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